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18/06/2015

CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: De como o melhor que pode acontecer ao paraíso prometido aos gregos pelo Syriza é ser um purgatório (XXIV) – um dos prisioneiros do dilema na versão Varoufakis já se libertou

Outros purgatórios a caminho dos infernos.

Se o resultado que o governo Syriza-Anel visava alcançar, com uma combinação sistemática de desonestidade negocial e chantagem que há 5 meses insiste em adoptar, era fazer a troika aceitar as suas «linhas vermelhas», talvez devesse reconsiderar porque à versão Varoufakis da teoria dos jogos já falta um dos dois prisioneiros do dilema - e não é o prisioneiro grego.

Depois de 6 meses de funcionamento da máquina de alívio quantitativo do BCE a despejar dinheiro (com todas as consequências negativas futuros que aqui tenho denunciado), a verdade é que a curto prazo esse mecanismo protege a Zona Euro do contágio do quase certo default da Grécia, seguido com alguma probabilidade pela saída da Zona Euro e até da União Europeia. Leia-se o que a este respeito Anatole Kaletsky do Institute for New Economic Thinking escreveu no Guardian:

«In short, the ECB bond-buying programme has transformed the ECB from a passive observer of the euro crisis, paralysed by the outdated legalistic constraints of the Maastricht Treaty, into a proper lender of last resort. With powers to monetise government debts similar to those exercised by the US Federal Reserve, the Bank of Japan, and the Bank of England, the ECB can now guarantee the eurozone against financial contagion.

Unfortunately for Greece, this has been lost on the Tsipras government. Greek politicians who still see the threat of financial contagion as their trump card should note the coincidence of the Greek election and the ECB’s bond-buying program and draw the obvious conclusion. The ECB’s new policy was designed to protect the euro from the consequences of a Greek exit or default.

The latest Greek negotiating strategy is to demand a ransom to desist threatening suicide. Such blackmail might work for a suicide bomber. But Greece is just holding a gun to its own head – and Europe does not need to care very much if it pulls the trigger

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