Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

04/06/2015

Pro memoria (236) – Les bons esprits se rencontrent

O que há de comum entre Ricardo Salgado e Sepp Blatter? A falência fraudulenta do GES e a corrupção generalizada da FIFA? Sim, mas não apenas. Não apenas? Sim, há também a KPMG, uma das quatro majors da auditoria que num caso e noutro não viu nada.



Quanto ao caso GES pode fazer-se uma retrospectiva sumária no post «Pro memoria (193) - Danos colaterais da falência do GES (3)» e nos anteriores. Quanto ao caso FIFA pode ler-se aqui que a KPMG não só é responsável pela auditoria à FIFA como a um grande número de federações regionais em todo o mundo que são financiadas pela FIFA, como ainda faz regularmente a compilação de todos os relatórios financeiros em cada campeonato do Mundo.

Como se isso não fosse suficiente, a KPMG foi igualmente o auditor e consultor das organizações dos Mundiais da Rússia e do Qatar (quanto a este último, foi substituída pela Ernst & Young em 2011).

Seriam estas referências suficientes para a KPMG se qualificar para auditar a Mafia, a Cosa Nostra, a ‘Ngrandeta ou organizações similares?

Sem comentários: