Outros posts sobre a religião como a política por outros meios.
O Papa dos pobres
«Não duvido da sincera preocupação com os pobres do bom Papa Francisco, para usar uma expressão do óptimo Dr. Soares. Duvido é que os clichés repetidos por Sua Santidade melhorem a vida de um único pobre - embora suscitem o entusiasmo do Dr. Soares, o que é quase tão louvável.
Já nas pessoas que utilizam pelo menos dois neurónios, o entusiasmo encolhe. É o caso do professor dinamarquês Bjørn Lomborg, antigo céptico do "aquecimento global" e hoje nem tanto, que escreveu um texto no USA Today sobre a recente encíclica alusiva às alterações climáticas. Naturalmente, o Papa simpatiza com as energias ditas renováveis. Naturalmente, Lomborg lembra que poucas políticas são na essência mais desiguais do que as "verdes", e que poucos investimentos são mais alheios ao destino dos desvalidos.
Porém, para não ser acusado de críticas estéreis, Lomborg sugere soluções, ou questões com que um Vaticano compassivo se devia ocupar para se ocupar dos infelizes da Terra. Uma é o combate aos obstáculos nas trocas entre os países: não sendo a cura definitiva, a liberdade comercial é um contributo provado na redução da pobreza. Mas não consta que o Papa se destaque nos louvores ao capitalismo. A segunda questão é a disseminação global da contracepção e do planeamento familiar, mas a Igreja não promete liderar a causa. A bondade do bom Papa Francisco arrisca-se a ser um bocadinho inconsequente, um mal menor se comparado com os restantes entusiasmos do Dr. Soares.»
A crise explicada pelas criancinhas por ALBERTO GONÇALVES no DN
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
22/06/2015
De boas intenções está o inferno cheio (34) – A religião é a política por outros meios? (VII)
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Tele-evangelismo
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