Continuação de (1), (2), (3), (4) e (5)
Lendo «O Fundo da Gaveta» de Vasco Pulido Valente, dei comigo a pensar que, mudando a época, as modas e os protagonistas, o Portugal do século XIX me faz lembrar o Portugal da III República. Nos posts desta série cito algumas passagens que mais intensamente evocam essa ideia.
Uma espécie de
PREC avant la lettre
Com outra seriedade, e porque a história do regime
encorajava todas as ilusões, passou-se ao aliciamento de militares. Penicheiros
notórios esforçaram-se por «seduzir os chefes dos corpos de guarnição»,
«iludir» os sargentos e «insubordinar a Guarda Municipal. Distribuíram-se até
folhetos pelas ruas incitando a Guarda a revolta.
(…)
Afastado o desenvolvimento, ficava o funcionalismo que a
regeneração, os históricos e a fusão tinham usado para empregar a classe média
e, ligando-a ao statu quo, demovê-la de aventuras revolucionárias. Só que o
funcionalismo era o alvo por excelência das principais reformas a que estavam
comprometidos os radicais: a simplificação dos serviços, a luta contra a
corrupção, a descentralização.
[Do capítulo Ressurreição e morte do radicalismo (1864-1870)]
(Continua)
Sem comentários:
Enviar um comentário