Para os amigos tudo, para os inimigos nada, para os outros cumpra-se a lei
«Não adianta estar a promover a leitura de jornais se não fizermos simultaneamente a promoção da literacia mediática, isto é, da capacidade de qualquer cidadão, seja de que idade for, poder descodificar, compreender e ler de maneira clara os sinais do seu tempo».
O pensamento supra é do Dr. Nuno Artur Silva, secretário de Estado do Estado do Cinema, Audiovisual e Media - o equivalente ao Winston Smith do ministério da Verdade do Dr. Costa - e proprietário das Produções Fictícias, empresa que ficticiamente vendeu ao sobrinho (estória contada aqui, ali e acolá). Traduzindo em português corrente, a literacia mediática será atingida quando o discurso do Dr. Costa chegar aos eleitores pela sua palavra ou pela pena e boca de mediadores autorizados. E como se promove a literacia mediática? Vai-se promovendo, passo a passo. Por agora distribuindo dinheiro a quem está mais habilitado para essa promoção.
Orchestral Manoeuvres in the Dark / Abriu a caça ao Centeno
Talvez haja um propósito nisto tudo. Ou não, escrevi a semana passada, Ou sim, escrevo hoje. Segundo a Dr.ª Ana Gomes, Pasionaria do PS e profissional da indignação, «esta crise indica que Centeno está a prazo e admito que boa parte deste esquema seja para inviabilizar a sua ida para o Banco de Portugal. Porquê? Eles quererão garantir aí alguém mais maleável». Quem sou eu para discordar, sobretudo no que respeita a procurar "maleabilidade", qualidade indispensável na governação socialista.
No Estado Sucial não há conflito de interesse. Há interesses em conflito. Centeno contra Centeno
Não foi preciso esperar que o Dr. Centeno tirasse o chapéu de ministro das Finanças e o substituísse pelo de governador do Banco de Portugal, por ele tutelado enquanto ministro, para se confirmar o conflito de interesses que num Estado não ocupado por uma nomenclatura seria motivo impeditivo para a "transferência". Para usar as palavras inusitadamente desassombradas do semanário de reverência, «o ministro não avançou com a lei que lhe retiraria poderes caso mudasse de cadeira».
Cuidando da freguesia eleitoral
No Estado Sucial não há conflito de interesse. Há interesses em conflito. Centeno contra Centeno
Não foi preciso esperar que o Dr. Centeno tirasse o chapéu de ministro das Finanças e o substituísse pelo de governador do Banco de Portugal, por ele tutelado enquanto ministro, para se confirmar o conflito de interesses que num Estado não ocupado por uma nomenclatura seria motivo impeditivo para a "transferência". Para usar as palavras inusitadamente desassombradas do semanário de reverência, «o ministro não avançou com a lei que lhe retiraria poderes caso mudasse de cadeira».
Cuidando da freguesia eleitoral
Aprovar um bónus de um milhão a 163 funcionários da SS com funções de cobrança coerciva é o apogeu na carreira de um apparatchik socialista: a extorsão aos contribuintes para proporcionar um merecido prémio à freguesia eleitoral.
Boas Notícias
Suspeitei desde o princípio que a mega fábrica de hidrogénio do Dr. Galamba, que vem sendo anunciada há 6 meses, fosse um projecto de "realidade aumentada". Com a aprovação de a Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2), e o seu anúncio pelo ministro do Ambiente da Acção Climática que diz «ser o primeiro país a apresentá-la» subiu de nível a probabilidade de ser mais uma acção de marketing a repetir periodicamente nos próximos anos.
«Em defesa do SNS, sempre»
Desta vez foi a CE que reconheceu que o investimento no sistema de saúde foi descurado e que «a crise de covid-19 demonstrou a fragilidade das estruturas de cuidados de longa duração em Portugal». O Dr. Centeno, comprovando que não foram em vão os cinco anos de convivência com o Dr. Costa, desculpou-se que em 2019 o nível de investimento na Saúde, querendo dizer o nível de despesa em Saúde, foi o mais alto desde 2012 e esquecendo-se de informar que grande parte do aumento da despesa foi resultante da redução do horário para as 35 horas que ele, aliás, garantira em 2016 não ter impacto orçamental.
«Em defesa do SNS, sempre»
Desta vez foi a CE que reconheceu que o investimento no sistema de saúde foi descurado e que «a crise de covid-19 demonstrou a fragilidade das estruturas de cuidados de longa duração em Portugal». O Dr. Centeno, comprovando que não foram em vão os cinco anos de convivência com o Dr. Costa, desculpou-se que em 2019 o nível de investimento na Saúde, querendo dizer o nível de despesa em Saúde, foi o mais alto desde 2012 e esquecendo-se de informar que grande parte do aumento da despesa foi resultante da redução do horário para as 35 horas que ele, aliás, garantira em 2016 não ter impacto orçamental.
«Estamos preparados»
O Estado Sucial (que é um Estado social ocupado por uma súcia) é por definição uma máquina ineficaz que não faz as coisas certas. Ocupado pelo Dr. Costa e a sua tribo, o Estado Sucial acrescente à ineficácia a ineficiência, isto é não faz bem as coisas. O resultado quando aplicado ao processamento dos pedidos de lay-off foi um pandemónio que a ministra explicou ter acontecido porque «ninguém estava preparado» para usar o novo sistema informático.
Quem também pensa que ninguém estava preparado é o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares que apontou o dedo à gestão das compras e em particular à qualidade dos ventiladores.
A ministra da Saúde reconhece que as consultas por fazer ultrapassam 1,3 milhões e diz que faltam 400 camas para cuidados intensivos. O primeiro reconhecimento oferece-nos mais um exemplo de ineficácia e o segundo de ineficiência, já que, como o outro contribuinte aqui mostrou, a capacidade das UCI nunca foi utilizada a mais de 50% mesmo no pico da pandemia e nas últimas semanas foi sempre abaixo de 20%.
A família socialista tem imenso jeito para o negócio
A encomenda à China de 500 ventiladores, dos quais ao fim de vários meses talvez tenha chegado umas dezenas, é mais um exemplo do jeito socialista para o negócio, e ao mesmo tempo de ineficácia na gestão da coisa pública, e de ineficiência uma vez que até no pico da pandemia eles não forem necessários e são agora justificados com «temos de reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde».
«Queda monumental»
Ainda a procissão vai no adro e com apenas duas semanas de confinamento no primeiro trimestre o défice conjunto das balanças corrente e de capital duplicou para 700 milhões. Quando começam a estar disponíveis os números de Abril, já em pleno confinamento, confirmam-se os piores prognósticos: o número de desempregados aumenta 22% para 390 mil e duplica o número de empresas que tenciona despedir; 110 mil empresas pediram o lay-off e até 20 de Maio 65 mil empresas pediram a sua prorrogação; os bancos receberam 569 mil pedidos de moratórias, dos quais 90% foram aprovados.
A família socialista tem imenso jeito para o negócio
A encomenda à China de 500 ventiladores, dos quais ao fim de vários meses talvez tenha chegado umas dezenas, é mais um exemplo do jeito socialista para o negócio, e ao mesmo tempo de ineficácia na gestão da coisa pública, e de ineficiência uma vez que até no pico da pandemia eles não forem necessários e são agora justificados com «temos de reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde».
«Queda monumental»
Ainda a procissão vai no adro e com apenas duas semanas de confinamento no primeiro trimestre o défice conjunto das balanças corrente e de capital duplicou para 700 milhões. Quando começam a estar disponíveis os números de Abril, já em pleno confinamento, confirmam-se os piores prognósticos: o número de desempregados aumenta 22% para 390 mil e duplica o número de empresas que tenciona despedir; 110 mil empresas pediram o lay-off e até 20 de Maio 65 mil empresas pediram a sua prorrogação; os bancos receberam 569 mil pedidos de moratórias, dos quais 90% foram aprovados.
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