«O PCP é hoje um dos side-shows (o outro é a “extrema direita”) que disfarçam a verdadeira questão da democracia portuguesa: o peso crescente do Estado numa sociedade cada vez mais fragilizada, e a identificação desse Estado com um partido, o PS. O poder socialista, com as suas clientelas, faz-se sentir em tudo, até na barragem de fogo contra Rodrigo Guedes de Carvalho, pela suposta irreverência com que entrevistou a ministra da Saúde. Não, na Alameda não esteve o PCP. Ou antes, só esteve o PCP, porque estiveram o PS e a presidência da república, que criaram a excepção, e o PSD, cuja influência nos acontecimentos consiste cada vez mais em não ter influência nenhuma.»
Rui Ramos no Observador
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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3 comentários:
Comparar o poder e a influência do PCP aos do Chega é absurdo. Mas talvez o verdadeiro problema do Rui Ramos seja mau perder: O Chega só existe porque a "direita" que ele representa tem sido um fracasso monumental.
"O Chega só existe porque a "direita" que ele representa tem sido um fracasso monumental." --------Ora aí está!
O poder socialista, com as suas clientelas, faz-se sentir em tudo, até na barragem de fogo contra Rodrigo Guedes de Carvalho, pela suposta irreverência com que entrevistou a ministra da Saúde. Não, na Alameda não esteve o PCP. Ou antes, só esteve o PCP, porque estiveram o PS e a presidência da república, que criaram a excepção, e o PSD, cuja influência nos acontecimentos consiste cada vez mais em não ter influência nenhuma.»---------------------------Esse diagnóstico também me parece óbvio(independentemente das comparações do pcp com outros partidos serem ou não pertinentes,em geral concordo com as análises/artigos do sr Rui Ramos)
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