Continuação daqui e dali.
Recapitulando:
Em Fevereiro do ano passado um comunicado da CT da RTP denunciava que se «mantém há 3 anos como administrador, o proprietário de uma produtora e de um canal concorrente da própria empresa, o Dr. Nuno Artur Silva, dono da empresa “Produções Fictícias” e do “Canal Q”»
Mais tarde foi produzido um «abaixo-assinado enviado ao primeiro-ministro, ao ministro da Cultura, à administração da RTP e ao presidente do conselho geral independente da empresa pública de rádio e televisão» por «mais de 200 figuras da cultura e dos media (que) questionam saída de Nuno Artur Silva» (NAS) muitas delas fornecedores de produtos da cóltura.
A semana passada NAS escreve sobre a compra da Média Capital (dona da TVI) pelo grupo Cofina que «pode vir a ser no futuro próximo a maior ameaça à democracia portuguesa», por outras palavras o que já tinha sido defendido pela Impresa do Dr. Balsemão.
Poucos dias depois NAS foi nomeado secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, atingindo-se assim o que se pensaria ser inultrapassável em matéria de conflito de interesses.
Novos desenvolvimentos:
Anteontem, NAS, que toma posse como secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media no próximo sábado, informou que vendeu a sua empresa Produções Fictícias a duas pessoas, sendo o novo sócio maioritário seu sobrinho. O contrato foi assinado 3 dias antes do anúncio público da sua nomeação.
E pronto, cá temos confirmado o que já sabíamos: (1) no Estado Sucial português não há conflito de interesses, só há interesses em conflito e (2) a família socialista é muito mais do que uma família no sentido estrito. É uma famiglia no sentido napolitano. Além disso, para quem tivesse dúvidas, ficou claro que a família socialista não deixa por isso de continuar a ser também uma família em sentido estrito.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
25/10/2019
Um dia como os outros na vida do estado sucial (39) - Conflito de interesses ou interesses em conflito? - Epílogo
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