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01/10/2019

SERVIÇO PÚBLICO: António Costa, el gran prestidigitador

O Prestidigitador de Bosch
«Prosseguindo as reflexões semanais a que me propus, salientarei que potencialmente a informação é um dever, a publicidade um direito, a propaganda um abuso. Esta abre as portas à demagogia das falsas promessas e considerações. Manipula a credulidade do destinatário, sendo certo que há quem goste de ser bem enganado. O sucesso do ilusionista assenta aí. O público sabe que está a ser alvo do logro, mas quanto mais difícil lhe resulta perceber como, mais aplaude. António Costa na sua idiossincrasia gostará de saber, que ó reconheço como o melhor mágico do cenário político português, ultrapassando, na arte do fazer de conta, quantos rivais de cariz guterrista, futuros socráticos ou não, o acompanharam há anos no êxito de substituir no PS a ética cavalheiresca de Jorge Sampaio. Rasteira atrás de rasteira, ainda hoje me doem as canelas.

O atual primeiro-ministro já era um desembaraçado demagogo, mas a parceria, durante quatro anos, com o BE aperfeiçoou a ávida enunciação de quantas necessidades e aspirações se lembrem, para segundo as melhores regras do marketing político as transformar em objetivos, sem cuidar das possibilidades de os materializar sem as graves sequelas da irresponsabilidade e do despesismo. A isso a CDU não se opôs, fiel à incongruência dos comunistas serem austeros quando governam, mas reivindicativos quando tal não ocorre. Os dirigentes da Intersindical seriam silenciados na União Soviética.»

Excerto de «O futuro está ao virar da esquina», Joaquim Silva Pinto no jornal SOL

O título do post é roubado deste artigo do El País, da altura em que perdeu as eleições e ficou primeiro-ministro. O jornalista viu logo desde o princípio quem era a criatura. Quatro anos depois um terço dos portugueses ainda não perceberam.

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