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20/10/2019

CASE STUDY: A genética do sucesso escolar - ajudemo-los no secundário e deixemo-los entregues a si próprios na universidade

As conclusões do estudo «The genetics of university success», publicado nos Scientific Reports da nature, realizado por uma equipa de investigadores do King's College e baseado na análise de 3.000 pares de gémeos idênticos e não idênticos e em 3.000 outras pessoas no Reino Unido, confirmam que os factores genéticos explicam a maioria (51%) das diferenças de desempenho nos alunos do ensino secundário no que respeita ao acesso à universidade, enquanto o ambiente partilhado (escola e família) explicam 36% e as circunstâncias individuais (o «non-shared environment») contribuem com apenas 13%.

Porém, com alguma surpresa, mostram que uma vez na universidade a contribuição do ambiente partilhado desce para menos de 1%, os factores genéticos descem para 46% e a maior parte do desempenho (53%) é atribuível ao «non-shared environment».

Conclusão: se os incentivos aos alunos para compensarem o handicap da sua origem social fazem sentido no ensino secundário, nas universidades esses incentivos, máxime a famigerada discriminação positiva, carecem de fundamento e cada um deve estar entregue a si próprio. Lá cai mais um mito do politicamente correcto.

Disclaimer: esta conclusão pode não ser válida para países colectivistas, como o Portugal dos Pequeninos, onde a maioria dos estudantes universitários frequentam uma universidade perto de casa onde permanecem agarrados à barra da saia da mãe e às calças do pai (ou vice-versa, tratando-se de um casal de um dos 111 "géneros" alternativos) e, em consequência, o shared environment continua a ser dominante.

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