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11/01/2021

Crónica da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa (67) - Em tempo de vírus (XLIV)

Avarias da geringonça e do país seguidas de asfixias

A família socialista é muito unida, tem boa imprensa, não tem complacência e o Dr. Costa é a encarnação de Portugal

«O Governo podia ter escolhido quem bem entendesse, resumiu o Dr. Costa referindo-se à nomeação de alguém que trabalhou com gente de confiança e tem irmãos da maior confiança, tendo todos e cada um à sua maneira dado o seu melhor no caso Freeport e noutros casos. 

Será necessário explicar que para fiscalizar o uso dos fundos é preciso alguém de confiança? (ler aqui uma tradução autorizada da proclamação do Dr. Costa). Será preciso explicar que, pretendendo ter alguém de confiança, temos de escolher antes e definir depois os critérios de escolha? Será preciso dizer que a verdade cede perante a necessidade de ter esse alguém de confiança no lugar certo e por isso estão justificadas as instruções da ministra da Justiça ao "funcionário" para aldrabar a carta para Bruxelas? Afinal qual é o problema? quando se tem um semanário de reverência que atribui ao "funcionário" a responsabilidade pelos "lapsos".

E acautelai-vos, o Dr. Costa já avisou que não terá «a menor complacência» para quem, como Paulo Rangel e Miguel Poiares Maduro, andar por aí a «fazer campanha internacional contra Portugal», isto é contra o seu governo.

O Dr. Costa vai presidir a quê?

Depois de Frau Merkel lhe passar a pasta com o Brexit resolvido, a bazuca carregada, o orçamento aprovado e as vacinas a caminho, perguntei-me na última crónica o que teria a fazer o Dr. Costa na Óropa. A resposta veio por uma fonte autorizada: o Dr. Santos Silva (que gosta de malhar na direita) explicou que irá tratar da emissão conjunta da dívida da UE. Quem mais habilitado do que o primeiro-ministro do quarto país mais endividado do mundo e líder do partido cujos governos mais contribuíram para o endividamento? 

Cuidando da freguesia eleitoral

O rendimento dos portugueses teve a maior queda na UE (13,5%). A esmagadora maioria dos portugueses são "privados", por agora pelo menos, e, não tendo de cuidar dos "privados", o governo vai tratando do utentes da vaca marsupial pública, "acelerando" os concursos para ampliar a freguesia e aumentando os seus salários.

Agora é oficial. O SNS socialista mata tanto como o SARS-Cov 2

«Na pandemia, morreram mais 13 mil pessoas do que nos últimos cinco anos. Metade foi por covid-19», escreveu o Público, um dos diários oficiais (pago pela família Azevedo, sabe-se lá porquê), esclarecendo que mais de metade do excesso de mortalidade em relação à média deu-se fora dos hospitais, et pour cause.

Alguns exemplos do grau de preparação: um terço das mortes ocorreu em lares; comparativamente com 2019 o número de cirurgias e consultas entre Janeiro e Novembro do ano passado diminuiu 121 mil e 1,2 milhões, respectivamente, por isso não se percebe porque manda a ministra suspender toda a atividade não urgente nos hospitais de Lisboa, ou seja suspender o que estava suspenso; o código para usar a app StayAway Covid - um case study de lunatismo - foi dado a menos de 3% dos infectados e destes apenas um quarto o introduziu na app. 

Afinal a ministra não discrimina os “privados”

Falando de "privados", afinal a Dr.ª Temida não os discrimina, como se pode confirmar com os 750 milhões que os "privados" facturaram com a pandemia em regime de excepção com isenção de fiscalização prévia para a compra de vários equipamentos e materiais. Equipamentos como por exemplo os mais de mil ventiladores que continuam a chegar às pinguinhas e com falta de peças encomendados à China através do apparatchik Brilhante Dias que falou «300 vezes por dia» com os chineses. Ventiladores que o Tribunal de Contas concluiu que o governo do Dr. Costa pagou no período de um mês entre 10 e 50 mil euros.

Boa Nova

O coordenador da task force anunciou há três semanas que «será possível vacinar contra a covid-19 até 75 mil pessoas por dia».


O BdP do Dr. Centeno anunciou que a dívida pública diminuiu 1,1 mil milhões em Novembro, chutando para 2021 as necessidades de financiamento e ajeitando o saldo a apresentar no fim de ano (o BdP não mencionou este pormenor).

Choque da Boa Nova com a realidade

A vacinação começou no dia 27 de Dezembro e até hoje foram administradas 70 mil vacinas ou seja menos de 5 mil vacinas por dia em 15 dias. Cá está, tudo certo, 5 mil são até 75 mil e o coordenador disse será possível

vacinação nas unidades de cuidados continuados não se sabe ainda quando começará. 

O IGCP anunciou que irá emitir este ano 15 mil milhões de euros de obrigações (pelo menos, acrescento), a que se somarão 2,9 mil milhões do empréstimo do programa SURE. 

linha de apoio às empresas com exposição ao Brexit anunciada há um ano e meio terminou agora com 7 (sete) candidaturas aprovadas no valor total de quatro milhões.

O estado do Estado Sucial administrado pelos socialistas

Talvez esteja a ser um poucachinho chato, porque já escrevi várias vezes sobre o tema, mas não deixa de me surpreender que onze anos depois o sistema de inventariação de imóveis públicos ainda não sabe se estes são 9.495, 18.761 ou 62.597.

Também não deixa de me surpreender como é possível uma organização funcionar com 112-níveis de remuneração-112. Possível é. O como é: mal e porcamente, sob protesto suíno.

Estatísticas de causas

Como é possível em plena recessão o desemprego diminuir? perguntarão as almas pouco sofisticadas. Em primeiro lugar é preciso fazer o distinguo entre desemprego e desemprego oficial. E a resposta é o número de desempregados oficiais diminuiu porque há cem mil desempregados não oficiais inscritos para formação profissional com vista a terem um emprego. Capisce

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