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22/01/2021

De volta à Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva (48) - Qual a eficácia e o fundamento científico das medidas de confinamento?

Este post faz parte da série De volta à Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva.

Foi publicado há duas semanas no European Journal of Clinical Investigation pela equipa do prof. Ioannidis um novo paper Assessing Mandatory Stay‐at‐Home and Business Closure Effects on the Spread of COVID‐19, sobre os efeitos da adopção do confinamento doméstico e do fecho de empresas incidindo sobre Inglaterra, França, Alemanha, Irão, Itália, Países Baixos, Espanha, Coreia do Sul, Suécia e EUA. 
 
As conclusões são sentido do efeito líquido dessas medidas mais restritivas adicionalmente às medidas menos restritivas (como no caso da Suécia e Coreia do Sul que não adoptaram o confinamento doméstico obrigatório e do fecho compulsivo de empresas) não ter sido significativo no número de casos e que, em consequência, reduções da mesma amplitude poderiam ter sido alcançadas com medidas menos restritivas.

Em Dezembro foi realizado em Barcelona um teste envolvendo cerca de mil pessoas que foram divididas em dois grupos um de 463 pessoas que assistiram a um concerto numa sala com capacidade para 1.600 pessoas, e um grupo de controlo com 496 pessoas que não entraram na sala. Ambos os grupos foram submetidos a um teste rápido. O primeiro grupo assistiu a um espectáculo de cinco horas sem distanciamento mas usando máscaras FFP2 e gel desinfetante nas mãos. Uma semana depois foi feito um segundo teste que identificou dois casos positivos no grupo de controlo e nenhum nos participantes do espectáculo.

Segundo apurou Pedro Almeida Vieira do blogue Nos cornos da covid, nos registos da Ordem dos Médicos não existe em Portugal «não há sequer UM ÚNICO médico na especialidade de electrofisiologia clínica e... de EPIDEMIOLOGIA.» De onde surgirão então luminárias que têm vindo a perorar do alto da sua sapiência?

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