Já aqui e aqui especulei sobre a possível influência das estações na transmissão desta e de outras pandemias e nos seus efeitos sobre a saúde dos infectados.
Ocasionalmente, encontrei este vídeo de Ivor Cummins que reúne um conjunto de dados da pandemia em curso e de pandemias anteriores que vai no mesmo sentido de confirmar a influência das estações por via da temperatura, das radiações ultravioletas e da humidade características em cada uma delas.
Entre esses dados encontra-se uma referência a The transmission of Epidemic Influenza de R. Edgar Hope-Simpson e a reprodução do gráfico seguinte.
O gráfico mostra a distribuição por zonas climáticas da gripe comum no período 1964-1975 que evidencia uma elevada correlação com os referidos factores em função da época do ano, confirmando assim o que se suspeitava. Na verdade, não é nada de surpreendente e é até uma constatação trivial do quotidiano dos invernos.
Sendo certo que os vírus da gripe comum pertencem a outra família, os coronavírus Sars-Cov e o Sars-Cov-2 causam, como a gripe comum, síndromes respiratórios e é perfeitamente plausível que a sua transmissão e os seus efeitos sobre os organismos sejam influenciada pelas condições ambientais. Se for assim, isso seria uma boa explicação para a estória das vagas, que parece uma estória muito mal contada, sobretudo com a recém-inventada 3.ª vaga que a existir equivaleria a um espécie de segundo inverno na hemisfério norte.
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