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10/06/2020

CASE STUDY: «A única função das previsões económicas é tornar respeitável a astrologia» - A economia portuguesa pós-pandémica (4)

Depois do primeiro, do segundo e do terceiro posts, aqui vem o quarto com o ponto de situação das previsões por ordem cronológica.


Há várias razões para as previsões falharem e elas geralmente falham, principalmente quando seria mais importante que não falhassem. Além das dificuldades técnicas, no caso das previsões feitas por instâncias políticas há uma razão adicional para as previsões falharem. Influenciando elas próprias as expectativas, os animal spirits de que falava Keynes, as previsões condicionam as intenções dos agentes económicos e, portanto, da evolução da economia a curto prazo. Sabendo disso, os governos tratam geralmente as previsões como um instrumento da política económica, tendendo a fazer previsões "optimistas" e esperando que se realizem. É claro que as previsões são um mero elemento de propaganda nos regimes autocráticos e até nalguns casos também nos regimes democráticos como durante os governos de José Sócrates.

1 comentário:

mnvs disse...

Schrödinger cat... :-)