Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

08/06/2020

De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva (24) - Medidas diferentes têm efeitos diferentes

Este post faz parte da série De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva.


Os dois primeiros diagramas representam a evolução diária dos novos casos de infectados em Portugal e em Londres, com números de habitantes são muito próximos (10,1 e 9,8 milhões respectivamente), iniciaram o lockdown quase na mesma altura, sendo o de Londres consideravelmente menos rigoroso do que o Portugal. No caso português a curva de infectados continua a não "aterrar", em contraste com a de Londres que está a cair rapidamente. 

O terceiro diagrama, mostra-nos que a taxa de letalidade estimada de Londres já estava a diminuir ainda antes do lockdown

O que podemos concluir? Talvez o que já suspeitávamos: que, perante um vírus muito contagioso de letalidade relativamente baixa, o lockdown serve essencialmente para atrasar as infecções diminuindo a pressão sobre os serviços de saúde e prolongando-as no tempo.

Sem comentários: