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14/10/2018

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (175) - Poucos dias depois, uma 2.ª demonstração do trilema de Žižek

Quando se pensava que a anedota involuntária «está para aparecer o primeiro Governo PSD/CDS que consiga melhores resultados do que nós em matéria de défice orçamental e dívida pública» de Pedro Nuno Santos, o chefe da fracção berloquista do PS, que começou a marimbar-se para os bancos alemães e acabou convertido à austeridade socialista, constituiria um marco inultrapassável do descaramento durante algumas semanas, eis que surge em concurso, poucos dias depois, João Galamba, agente duplo do socratismo-costista e catedrático da Mouse School of Economics que disse uma verdade indesmentível:
«a Moody’s colocou Portugal no lixo quando o primeiro-ministro era Passos Coelho, não Sócrates»

Demonstração redundante
De facto, a Moody's fez o downgrade da dívida portuguesa em Julho de 2011 era Passos Coelho primeiro-ministro. Por isso, maior verdade do que esta, só uma outra ainda não dita por falta de tempo e talvez inumeracia por aquele que «frequentou um doutoramento em Filosofia Política na London School of Economics» (leram bem, está escrito «frequentou um doutoramento»).

O memorando de entendimento do resgate foi aprovado pelo governo de Sócrates em 5 de Maio de 2011, depois de 6 anos em que a dívida pública foi duplicada e já não havia dinheiro para pagar aos funcionários públicos, e o governo de Passos Coelho tomou posse em 21 de Junho. Assim, pode dizer-se que a responsabilidade pelo resgate que terminou em 4 de Maio de 2014 ficou assim distribuída:
  • Sócrates ...............................05-05-2011 a 20-06-2011     4,2% 
  • Passos Coelho ........................21-06-2011 a 04-05-2014    95,8%
Q.E.D.

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