Por falta de pachorra, de tempo e de espaço, vou escolher apenas duas das dezenas de mentiras e meias verdades, grandes, médias e pequenas, que Costa e a sua equipa nos ofereceram a propósito do OE 2017.
Investimento
Os factos alternativos
«Governo estima que em 2019 o investimento público atinja os 4853 milhões de euros. Será, afirma, “o terceiro ano consecutivo com uma taxa crescimento acima de 10%”.»
Diz a deputada do PEV Heloísa Apolónia, passando o recado do CC do PCP e querendo chamar a si o grande feito: há «um aumento significativo... (em resultado do) trabalho e persistência (do PEV, já se vê, pelo que)... sozinho, o PS traria muito menos investimento ao país».
A realidade
O investimento público do governo PSD-CDS foi em 2015 de 4 mil milhões, com a geringonça caiu em 2016 para 2,8 mil milhões, em 2017 para 3,2 mil milhões, em 2018 foram orçamentados 4,5 mil milhões e extrapolando os números até Agosto serão executado uns 3 mil milhões. Basta ler os jornais que não contam estórias, por exemplo: «investimento público. Cresce menos de metade» ou «Investimento público da geringonça só deverá ultrapassar o de Passos em 2019».
Salários da função pública
A aritmética alternativa
«Centeno. "Aumento do salário médio para a Função Pública é superior a 3%". Ministro das Finanças esclarece que só há 50 milhões para aumentos salariais na Função Pública.»
A aritmética convencional
As despesas com pessoal em 2018 rondarão os 23 mil milhões. Como a geringonça está a aumentar os efectivos de pessoal (a sua freguesia eleitoral), o aumento de 3% do salário médio determinará um aumento de 3% ou superior das despesas totais com pessoal, ou seja pelo menos cerca de 700 milhões. Como podem 50 milhões ser suficientes? (Sim, eu sei. Não é um problema de aritmética, é um sofisma para manipular as mentes ignorantes.)
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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17/10/2018
A mentira como política oficial (45) - Talvez eles próprios já não consigam distinguir a realidade da propaganda
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