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22/05/2016

Mitos (230) – A redução do horário para 35 horas diminui o desemprego

A primeira experiência socialista de redução do horário de trabalho para 35 horas com o propósito de reduzir o desemprego foi da iniciativa de Martine Aubry, filha de Jacques Delors, ministra do Emprego e da Solidariedade entre 1997 a 2000 no governo Lionel Jospin. Sobre os seus efeitos há estimativas que vão desde a destruição de empregos até à criação de um máximo (segundo a própria Aubry, já se vê) de 400 mil postos de trabalho equivalentes a 1,6% da população activa .

Onde há quase unanimidade é na perda de competitividade das empresas. O Insee (Institut national de la statistique et des études économiques) concluiu que a competitividade medida pela produtividade global das empresas que adoptaram as 35 horas diminuiu 3,7% em relação às empresas que continuaram com 39 horas, apesar dos subsídios do governo francês e o congelamento dos salários nominais em muitos casos.

A associação patronal francesa Medef escreveu sobre essa medida: «As 35 horas são em grande parte a origem do handicap de competitividade do nosso país. O impacto em termos de custos directos e indirectos, de desorganizações, rigidez, e reputação foi considerável e explica a queda da economia francesa»

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