Moção A – “Força da Esperança – O Bloco à Conquista da Maioria”
Renegociar a dívida pública e realizar uma intervenção sistémica sobre a banca privada, assumindo o controlo público
... regulação das margens de lucro da grande distribuição,
... diminuir horários de trabalho com o fim do banco de horas e a limitação do horário normal de trabalho a 35 horas por semana nos setores público e privado...
Moção B - “Mais Bloco para enfrentar Tempos Novos”
... vencer as três grandes tendências de raiz que têm marcado a vida do BE. São tendências parlamentaristas, burocráticas e centralistas,
Em caso de quebra ou descaminho do atual quadro governativo não serviremos de muleta de apoio...
Com o socialismo no horizonte , o BE procura por todos os meios contribuir para a inversão deste prolongado ciclo de refluxo, respondendo à pressão austeritária e desobedecendo aos ditames da UE.
... combate pelo desenvolvimento de uma visão civilizacional alternativa - ecossocialismo - ...
No combate contra a pressão financeira sobre a dívida, exigindo a sua renegociação, ...
Moção C - “Bloco +”
..., será inevitável fazer uma restruturação da dívida.
Em primeiro lugar, será necessário separar a dívida ilegítima, aquela que foi sendo construída com os roubos promovidos pelos últimos governos, e pagar apenas aquilo que realmente estamos a dever.
a saída do Euro, nas circunstâncias atuais, seria muito prejudicial para os trabalhadores e por isso deve ser recusada por nós...
Somos claramente a favor da permanência de Portugal na União Europeia
... está absolutamente fora de questão amenizar a possibilidade de permanecermos na NATO.
Defendemos clara e inequivocamente a nacionalização da EDP, GALP, CTT, REN, ANA.
... exigir a nacionalização de todos os bancos intervencionados
... taxar as grandes fortunas. Os ricos que paguem a crise!
... elaboração de uma Carta dos Direitos dos Animais,
... e lutar contra a tendência que se vem acentuando de transformar o Bloco de Esquerda num partido de pequeno-burgueses para pequeno-burgueses, mais ou menos intelectuais, mas sempre cada vez mais distanciados do nosso povo.
Moção R - “Crescer pela Raiz – A radicalidade de reinventar a política”
... a crise é o presente e o futuro imediato do capitalismo mundial.
O ecossocialismo tem de ser uma prioridade e não um chavão...
As instituições resultantes da constituição de um espaço económico-político comum europeu revelaram-se incapazes de cumprir as suas promessas de progresso económico e social. Elas são hoje um buraco negro da democracia...
... formação de um grupo de trabalho sobre a saída do Euro,
A burguesia nacional aproveita as migalhas e constrói um país inviável
a esquerda tem de voltar a ter a capacidade de discutir o sistema produtivo, a propriedade colectiva e a planificação da economia...
O PS continua o mesmo de sempre, ...
... o Bloco, atento às lições do esmagamento da possibilidade de uma política alternativa na Grécia, não deixará de escolher o campo dos direitos sociais, desobedecendo às cúpulas das instituições europeias, afrontando o capitalismo financeiro e saindo do euro, se assim for necessário.
A esquerda não pode cair no erro de deixar o acordo parlamentar alimentar falsas esperanças. Este acordo só se pode manter enquanto os objectivos mínimos aprovados se mantiverem e/ou a austeridade não voltar por outras portas que não a letra do acordo.
... o BE precisa de manter a questão da renegociação da dívida como pilar central da sua proposta política e económica...
Compreender o conflito entre capital e trabalho continua a ser essencial para qualquer resposta à crise...
A alternativa de um programa socialista para acabar com austeridade (26 «tarefas imediatas»)
O BE tem sido uma organização macrocéfala e faz falta mais democracia e mobilização...
Para terminar, um destaque especial para a insuperável declaração final da Moção B:
Arco-íris de todas as lutas
Arsenalistas na revolução de Setembro de 1836, patuleias dez anos depois, socialistas republicanos, radicais, anarquistas na viragem do século, carbonários nas barricadas da Rotunda no 5 de Outubro de 1910, sindicalistas revolucionários na luta de classes que atravessou a República, não intervencionistas face à primeira guerra mundial, partidários da revolução soviética, comunistas, socialistas de várias tendências, anarquistas contra a ditadura militar e o fascismo em Portugal, abrilistas radicais de todas as cores nos anos brasa de 74-75, sobreviventes da ressaca dura dos anos 80, partidários de todas as causas libertadoras – feministas, LGBT, ecossocialistas, antinucleares, sindicalistas, militantes contra a guerra, ativistas pela solidariedade com os povos oprimidos, anti-racistas, é no Bloco de Esquerda que nos reencontramos, levantando a memória histórica da liberdade e da emancipação social, arco-íris de todas as lutas.
4 comentários:
Nada a fazer: continuam bêbados na sua fé metastática.
Agent Provocateur
«...a tendência que se vem acentuando de transformar o Bloco de Esquerda num partido de pequeno-burgueses para pequeno-burgueses, mais ou menos intelectuais...»
Friedrich Hayek: Definition of intelectuals: professional secondhand dealers in ideas.
Clint Eastwood: Republican National Convention (30/Ago/2012): "It is that, you, we — we own this country. We — we own it. It is not you owning it and not politicians owning it. Politicians are employees of ours".
Fernando Pessoa: Um período revolucionário é sempre uma ditadura de inferiores.
Frank Zappa: Communism doesn't work because people like to own stuff.
George Carlin: If crime fighters fight crime and fire fighters fight fire, what do freedom fighters fight? They never mention that part to us, do they?
Platão: A democracia não serve de antídoto à tirania — serve-lhe de maternidade; não a erradica, incuba-a.
Siddhartha: Three things can not hide for long: the Moon, the Sun and the Truth.
Temos que os deixar crescer. O tempo é uma grande ferramenta de ensino.
Chiça! Quanto mais depressa se matar o mal mais depressa acaba a peçonha.
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