Outras marteladas.
Uma das razões porque o alívio quantitativo, por muito que possa ser (e não o é em todas as circunstâncias) uma medicina adequada aos Estados Unidos, não é provavelmente uma medicina adequada para tratar das doenças da Europa. E escrevo doenças no plural porque se todos os países da UE, com excepção do Reino Unido (
guess why), partilham o sintoma crescimento anémico, as doenças portuguesas não têm nada a ver com as doenças alemãs, para citar apenas o óbvio ululante.
E uma das razões porque o alívio quantitativo não pode ter os mesmos efeitos resulta de nos EU e na UE as fontes de financiamento das empresas serem completamente distintas (veja-se o diagrama). O
funding por obrigações tem nos EU um peso quase 4 vezes superior ao que tem na UE. Com o crédito bancário a situação é inversa: o seu peso na UE é 4 vezes superior ao dos EU. De onde resulta que a banca tem um papel muito mais importante no financiamento das empresas do que o banco central a entornar triliões de dólares ou de euros, ainda que isso belisque o ego do Super Mario e a fé dos crentes das poções mágicas da impressora de euros.
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