Outros purgatórios a caminho dos infernos.
Provavelmente picada pelos comentários de Paul Krugman, que reconheceu ter «sobrestimado a competência do governo grego», entre outras razões por não ter um plano alternativo, a vaidade doentia de Yanis Varoufakis levou-o a admitir ter um plano B de transição do euro para a dracma usando os bancos como um sistema paralelo de pagamentos. O «Statement by the Office of Yanis Varoufakis» publicado na 2.ª feira é uma peça de teoria da conspiração dificilmente superável – registe-se que quem preparava há meses um plano de abandono do euro tem a desfaçatez de se queixar de «forces at work within the Eurozone to have Greece expelled from the euro».
Segundo o jornal ekathimerini, «In a teleconference call (that ook place on July 16 more than a week after Varoufakis left his post as finance minister) with members of international hedge funds that was allegedly coordinated by former British Chancellor of the Exchequer Norman Lamont, Varoufakis claimed to have been given the okay by Tsipras last December – a month before general elections that brought SYRIZA to power – to plan a payment system that could operate in euros but which could be changed into drachmas “overnight” if necessary, Kathimerini understands. … The plan would involve hijacking the AFMs of taxpayers and corporations by hacking into General Secretariat of Public Revenues website, Varoufakis told his interlocutors. This would allow the creation of a parallel system that could operate if banks were forced to close and which would allow payments to be made between third parties and the state and could eventually lead to the creation of a parallel banking system, he said.»
É certo que Varoufakis desmentiu a parte que está demonstrada em gravações da teleconferência, mas que crédito se pode dar a uma criatura deste jaez?
O caso grego é uma ilustração perfeita das leis de Murphy. Por exemplo esta: se alguma coisa pode dar errado, dará. E dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível. Pergunto-me como é possível um Estado pária capturado por esta e outra gente do mesmo quilate permanecer na União Europeia, uma união talvez inviável até com Estados normais?
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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29/07/2015
CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: De como o melhor que pode acontecer ao paraíso prometido aos gregos pelo Syriza é ser um purgatório (XXXIV) – Highjacking and hacking
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1 comentário:
Vamos agradecer ao povo e à nação gregos. Sem estes meses loucos só muito mais tarde se pensaria que a UE estava "finished". Graças a estes pilha-qq-coisa, a malta na UE vai refazer as contas (privadas e públicas).
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