É sabido que os portugueses, e em particular as nossas elites, gostam de se auto-engraxar. Todos os dias há múltiplos exemplos deste exercício só explicável como compensação de complexos de inferioridade. Abre-se um jornal, qualquer jornal, e lá vem ele. Para citar um só exemplo dos vários do último Expresso, no suplemento de Economia afinfam um título megalómano, «
Portugueses constroem canal do Panamá», num artigo pelo qual se fica a saber que existem 38 portugueses de uma empresa de Esposende com uma subempreitada de 15 milhões de montagem de cofragens para a construção das eclusas de um novo trecho do canal, uma obra de milhares de milhão onde trabalham milhares de operários.
É por isso muito raro que um membro dessas elites merdosas reconheça a merdosidade das mesmas e fazendo-o se liberte um pouco dessa merdosidade. É o caso de João Ferreira do Amaral que no seu livro recentemente publicado «Porque devemos sair do euro», citado pelo Expresso umas páginas antes da ejaculação megalómana, escreve:
«O espesso manto de iliteracia económica que as afecta, a suficiência bacoca e a total ausência de sentido crítico que as caracteriza fazem de Portugal um dos países da Europa com piores elites.»
1 comentário:
Permita-me o atrevimento, modesto, de uma sugestâo : "elites" e, nunca, por nunca ser, elites.
Cpmts.
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