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31/03/2013

DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Iliteracia económica, suficiência bacoca e total ausência de sentido crítico

É sabido que os portugueses, e em particular as nossas elites, gostam de se auto-engraxar. Todos os dias há múltiplos exemplos deste exercício só explicável como compensação de complexos de inferioridade. Abre-se um jornal, qualquer jornal, e lá vem ele. Para citar um só exemplo dos vários do último Expresso, no suplemento de Economia afinfam um título megalómano, «Portugueses constroem canal do Panamá», num artigo pelo qual se fica a saber que existem 38 portugueses de uma empresa de Esposende com uma subempreitada de 15 milhões de montagem de cofragens para a construção das eclusas de um novo trecho do canal, uma obra de milhares de milhão onde trabalham milhares de operários.

É por isso muito raro que um membro dessas elites merdosas reconheça a merdosidade das mesmas e fazendo-o se liberte um pouco dessa merdosidade. É o caso de João Ferreira do Amaral que no seu livro recentemente publicado «Porque devemos sair do euro», citado pelo Expresso umas páginas antes da ejaculação megalómana, escreve:
«O espesso manto de iliteracia económica que as afecta, a suficiência bacoca e a total ausência de sentido crítico que as caracteriza fazem de Portugal um dos países da Europa com piores elites

1 comentário:

Anónimo disse...

Permita-me o atrevimento, modesto, de uma sugestâo : "elites" e, nunca, por nunca ser, elites.
Cpmts.