Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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21/07/2011

A tradição ainda é o que sempre foi ou tudo como dantes, quartel-general em Abrantes

Segundo um levantamento feito pela associação Transparência e Integridade, 70 dos 230 deputados da legislatura que agora terminou «eram simultaneamente administradores, gestores ou consultores de empresas que tinham directamente negócios com o Estado».

150 chefes da polícia com direito a carro e motorista.

Desde Março, com a tesouraria seca, o governo cessante deixou de transferir centenas de milhões de euros para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social.

O défice na óptica da contabilidade nacional (a que interessa para os compromissos do MoU e tem como objectivo 5,9% em 2011) apurado pelo INE no 1.º trimestre é de 7,7%.

Governo vai aprovar orçamento rectificativo.

O ISEG contou 408 empresas municipais mais 127 do que a Direcção-Geral da Administração Local. No conjunto essas empresas têm activos de mil milhões e passivos de 2,5 mil milhões. Fernando Ruas, presidente da Associação Nacional de Municípios diz que «as autarquias não podem ser bodes expiatórios de erros da Administração Central». Tem toda a razão – já será suficiente serem as cabras expiatórias dos erros da Administração local.

O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos classifica de «escandalosa» e «inadmissível» o aumento anunciado de 15% dos transportes públicos, em coro com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações que o considera «um assalto aos bolsos dos portugueses». Nem o Movimento nem a Federação esclarecem como classificam a extorsão dos contribuintes que não são utentes nem trabalhadores das empresas públicas de transportes para suportar o sistemático prejuízo dessas empresas.

O Bloco de Esquerda apresenta um projecto de resolução ao parlamento para suspender a introdução de portagens na Via do Infante com o surpreendente argumento da «perda de competitividade».

Pela boca do seu presidente - um empresário de sucesso – o ACP defende, também surpreendentemente, o tabelamento do preço dos combustíveis. E porque não tabelar também o preço dos jornais?

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