Está escrito nos manuais. Num país colectivista com uma grande distância hierárquica onde o respeitinho é muito bonito, uma estratégica de comunicação baseada num informalismo formal (*) só pode dar mau resultado. O que conseguiu Álvaro Santos Pereira com a sua obsessão mediática e esforço promocional para ser popular e reduzir distâncias (Senhor ministro? Tratem-me por Álvaro)? Conseguiu em poucos dias ascender ao 37.º lugar «mais poderoso da economia portuguesa», um ranking ridículo do Negócios, com o petit nom de «Alvarinho de Viseu» que «tem um super-Ministério nas suas mãos. Mas (não se sabe se) será um super-ministro?»
Arrisca-se a ninguém mais o levar a sério. E não me venham dizer que é a falta de experiência ou o perfil demasiado técnico. Vejamos um exemplo conhecido e politicamente incorrecto: António Oliveira Salazar, o Botas, com uma carreira exclusivamente académica chegou ao governo como ministro das Finanças com menos 2 anos do que o Alvarinho e a primeiro-ministro 7 anos depois. A falta de experiência política e até de vida não o impediu de perceber como funciona a alma portuguesa, nem o impediu de escolher as atitudes adequadas ao tempo em que vivia e ao seu propósito.
Renovo os votos para que ASP, passadas as excitações preliminares, se concentre nas externalidades que dependem do Moloch estatal.
(*) A definir no Glossário quando tiver pachorra.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
01/07/2011
DIÁRIO DE BORDO: So far not so good (4) - o Alvarinho de Viseu
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Conversa fiada,
E pur non si muove
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