Desde o dia em que governo se auto-congratulou pela execução orçamental de Janeiro, tenho andado a empurrar com a barriga para a frente um post sobre o tema. A coisa já me faz agonia ler, ver e ouvir aquela clique de vendedores de automóveis a confundir a legião de lesmas que os lêem, vêem e ouvem e não percebem tudo consistir na mesma receita: aumento de impostos e aumento da despesa e que o défice só melhora se os primeiros aumentarem mais do que a segunda. Entre parêntesis, vale a pena ouvir a demagogia terminal de José Sócrates defendendo (ou, melhor, aceitando vergar-se a Berlim), em alternativa à intervenção do FMI, a transferência do resto da soberania na área financeira e económica, transferência baptizada de «maior coordenação europeia».
Para não perder, por agora, mais tempo com o assunto, vou acrescentar apenas duas observações. A primeira: quem quiser conferir a receita ser a mesma, pode fazê-lo neste post de Pinho Cardão no 4R. A segunda: quando até os pastorinhos da economia dos amanhã sque cantam deixaram de dar para o peditório do governo e denunciam a demagogia e manipulação (veja-se Nicolau Santos no último Expresso) está na hora de mudar o foco para outro lado.
E um dos outros lados para onde o foco se deve dirigir, é como sair do buraco financeiro em que nos encontramos. E a este propósito, a solução defendida há vários meses pelo (Im)pertinências de negociar com o FMI e o FEEF e reestruturar da dívida, negociando a sua redução, reescalonamento e fixação de juros mais baixos, como única saída para evitar exaurir o país, ganhou hoje um importante suporte por Avelino de Jesus, no seu artigo «A canga da dívida».
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
01/03/2011
CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: Estamos quase lá
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