01/03/2011

CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: Estamos quase lá

Desde o dia em que governo se auto-congratulou pela execução orçamental de Janeiro, tenho andado a empurrar com a barriga para a frente um post sobre o tema. A coisa já me faz agonia ler, ver e ouvir aquela clique de vendedores de automóveis a confundir a legião de lesmas que os lêem, vêem e ouvem e não percebem tudo consistir na mesma receita: aumento de impostos e aumento da despesa e que o défice só melhora se os primeiros aumentarem mais do que a segunda. Entre parêntesis, vale a pena ouvir a demagogia terminal de José Sócrates defendendo (ou, melhor, aceitando vergar-se a Berlim), em alternativa à intervenção do FMI, a transferência do resto da soberania na área financeira e económica, transferência baptizada de «maior coordenação europeia».

Para não perder, por agora, mais tempo com o assunto, vou acrescentar apenas duas observações. A primeira: quem quiser conferir a receita ser a mesma, pode fazê-lo neste post de Pinho Cardão no 4R. A segunda: quando até os pastorinhos da economia dos amanhã sque cantam deixaram de dar para o peditório do governo e denunciam a demagogia e manipulação (veja-se Nicolau Santos no último Expresso) está na hora de mudar o foco para outro lado.

E um dos outros lados para onde o foco se deve dirigir, é como sair do buraco financeiro em que nos encontramos. E a este propósito, a solução defendida há vários meses pelo (Im)pertinências de negociar com o FMI e o FEEF e reestruturar da dívida, negociando a sua redução, reescalonamento e fixação de juros mais baixos, como única saída para evitar exaurir o país, ganhou hoje um importante suporte por Avelino de Jesus, no seu artigo «A canga da dívida».

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