Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

02/07/2009

O terceiro manifesto (por nós anunciado) não é o terceiro é o quarto

Estamos à espera dele desde o dia 28. Em rigor estávamos à espera de dois: o manifesto dos economistas que fazem estudos e trabalham para o governo e o manifesto dos que trabalham para os empreiteiros. Para nos poupar juntaram-se uns e outros e fizeram um só com um título simultaneamente apologético e catastrofista: «Portugal necessita de investimento público estratégico. Parar é sacrificar o futuro

Entre os subscritores deste último manifesto encontramos ex-ministros, tal como no primeiro (1), académicos, tal como no primeiro e no segundo (2), aparatchiks que saltitam entre o governo e as empresas públicas, alguns pára-quedistas vindos sabe-se lá de onde, e o presidente dos empreiteiros lui-même.

Escrevam e assinem o que quiserem, mas não nos venham dizer que é o «terceiro manifesto em onze dias». É falso. O terceiro é o manifesto (im)pertinente.

(1) O segundo manifesto não tinha ex-ministros porque a esquerdalhada ainda não faz parte do arco do poder.
(2) No segundo só encontramos esta espécie dos académicos, porque a esquerdalhada, além de não fazer parte do arco do poder, também não participa na produção.

Assinado
Impertinente Pertinente

Sem comentários: