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20/07/2009

O ministro tranquilo

Por um lado, o relatório de preliminar de auditoria do Tribunal de Contas conclui que o alargamento por mais 27 anos da concessão à Liscont do terminal de contentores de Alcântara não foi objecto de concurso público, tem um modelo financeiro que o tribunal põe em causa e é um negócio ruinoso. Por outro, está em curso uma investigação do Departamento de Investigação e Acção Penal.

Perante estes factos, o ministro Mário Lino declara-se «tranquilo» porque o seu «objectivo era escolher a solução que melhor defendesse o interesse público» e a que encontrou foi a «a solução mais adequada para responder à crise».

Infelizmente, salvo acidente imprevisível, tem o ministro todas as razões para estar «tranquilo» porque (a) Jorge Coelho foi seu antecessor na mesma pasta onde estagiou antes de ir presidir ao grupo Mota-Engil ao qual pertence a Liscont (b) o DIAP tem uma longa história de investigações encalhadas e (c) em qualquer caso, passados estes obstáculos, as tribunais portugueses tem uma história ainda mais longa de julgamentos afundados.

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