O livro “Of Boys and Men”, do escritor Richard Reeves (que urge traduzir em português), documenta sistematicamente a doença sistémica que atravessa os rapazes, sobretudo das classes mais desfavorecidas, nas sociedades modernas. Hoje, eles têm bastante menos anos de educação do que elas, são incapazes de ter um emprego ou uma relação estáveis, vivem consumidos por doenças mentais e eventualmente perdem a vida como jovens adultos de formas estúpidas e desesperadas. Nos dados da Universidade de Brown revelados há uns dias as hipóteses de um rapaz entrar são 50% maiores do que uma rapariga, tão poucos são os rapazes que se candidatam e tão esforçada está a universidade em ter uma turma com equilíbrio de género. A desigualdade entre rapazes e raparigas está fortemente relacionada com a classe social. Nas crianças de famílias no top 10% da distribuição de rendimentos nos EUA a diferença entre a taxa de frequência na universidade de raparigas e rapazes é de 5 pontos percentuais. Já nos 10% mais pobres a fração de raparigas que vai para a faculdade é 16 pontos percentuais maior.»
[Esclarecimento: não preconizo a discriminação positiva em geral como medida socialmente justa e eficaz; em particular, isso dependerá da discriminação em causa.]
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