(Continuação de 44a)
Investimento público, a autoestrada mexicana do PS. Ahora, tarde piaste, pajarito
À primeira vista é difícil perceber por que razão o PS, um defensor da prevalência do investimento público, nomeadamente nas grandes obras públicas, tem acesso aos fundos europeus e desperdiça-os, como no caso do Portugal 2020 em que, por exemplo nas 20 maiores obras públicas, só foram usados 40% dos fundos disponíveis no Portugal 2020, não obstante a UE cobrir 85% do investimento. À segunda vista, olhando para os 15% que terão de ser cobertos pelo governo, percebe-se que o triângulo “obras públicas” - “despesa pública com um número crescente de apparatchiks a trabalhar 35 horas” - “contas certas” é um triângulo escaleno com o segundo lado desproporcionalmente excessivo.
É claro que, como já escrevi, após vários meses de inflação sem paralelo nas últimas décadas, não é nada conveniente despejar dinheiro da bazuca na economia, dinheiro que era para ser aplicado quando as economias europeias estavam paralisadas pela pandemia e a taxa de inflação estava próximo de zero.
Agora já se sabe para que serve a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC)
No que parece ser uma tentativa de rivalizar com o programa de humor de Ricardo Araújo Pereira (RAP), a ERC fez uma recomendação para o programa "Isto é gozar com quem trabalha", onde foram gozados vários partidos, para o Chega também ser gozado.
«If it moves, tax it. If it keeps moving, regulate it. And if it stops moving, subsidize it.»
O alojamento local tem sido uma das actividades com maior sucesso no turismo português cumprindo várias funções de interesse público e privado. Dá serventia a habitações em parte desocupadas, compensa a falta de resposta da hotelaria e oferece um alojamento alternativo atraindo mais turistas que evitam hotéis e, claro, dá a oportunidade a pequenos empresários que escolhem correr riscos e ter iniciativa em vez de se inscreverem no PS ou serem funcionários públicos. Isso explica o furor regulamentário dos governos socialistas que culminou agora com a intenção de impor contratar os empregados no mesmo bairro e a criação de mais uma excrescência do Estado sucial - o Mediador do Alojamento Local.
Já é o mafarrico e já se sente o cheiro das brasas
O crescimento que no 3.º trimestre que já foi “poucachinho” (0,4%) arrisca-se a ser nada no 4.º trimestre, ou mesmo uma contracção, isto num quadro em que o BCE, está a aumentar as taxas de juro, enterrou o alívio quantitativo e se prepara para reduzir no seu balanço a pilha de dívida pública e privada que atinge 5 biliões de euros, ou seja, para quem esteja distraído, 5 milhões de milhões.
Take Another Plan. A TAP e as caravelas do Dr. Costa
O sindicato do pessoal de voo da TAP aprovou mais cinco dias de greve a adicionar aos já realizados, demonstrando assim a sua gratidão ao Dr. Costa e ao seu ministro Dr. Pedro Nuno por terem nacionalizado a sua (do sindicato) empresa, ao mesmo tempo que lhes enviam um aviso sobre a imprudência de privatizaram as “caravelas” dos tempos modernos. Para citar o próprio Dr. Costa «A TAP é fundamental. Na era da globalização, tem a importância que as caravelas tiveram na era dos Descobrimentos».
«Pagar a dívida é ideia de criança». Ahora, tarde piaste, pajarito
mais liberdade |
Como o diagrama mostra, nas vacas gordas o governo andou a assobiar para o lado e desperdiçou oportunidades para reduzir drasticamente a dívida pública, que aliás, em termos absolutos tem vindo sempre a aumentar.
De volta ao velho normal
Neste caso, o velho normal são os défices gémeos (da balança comercial e do orçamento) que afligiram o Estado sucial desde a queda do Estado Novo. O défice da balança comercial, que foi reduzido drasticamente durante o governo PSD-CDS. tem vindo a crescer e em Outubro atingiu 2.833 milhões de euros, mais 814 milhões do que no mesmo mês ano passado.
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