(Continuação de 46a)
O socialismo solidário do Dr. Costa
Entre os 50 mil alunos que entraram este ano na universidade menos de 3% (1.400) eram muito pobres e possivelmente a maioria destes entrou para cursos com poucas saídas profissionais. A capacidade financeira das famílias tem vindo a reduzir-se desde o segundo trimestre de 2021, com a poupança bruta a cair quase 60% entre Março de 2021 e Setembro deste ano.
O exemplo mais recente das políticas solidárias do governo é o OE2023 financiar metade do aumento das portagens com os impostos de todos os contribuintes, apesar da maioria deles não circular na A5 e no último troço da A2, onde praticamente só encontramos todos dias o quintil mais abonado.
O propósito das previsões do Dr. Centeno é tornar respeitável a cartomancia
O processo inflacionário visível desde Março só foi visto pelo Dr. Centeno em Maio, garantindo então que a inflação «é temporária». Em Julho continuava a achar que é temporária, em Setembro que «vai ser mais elevada e menos temporária» e em Novembro disse «permanece ainda um fenómeno temporário». Em Dezembro foi dizendo sucessivamente «atingimos o pico da inflação», «a inflação deixou de ser temporária», a inflação deverá atingir o pico no próximo mês.
O governo do Dr. Costa é um caloteiro
O BFF Bank que faz o factoring dos fornecedores do governo colocou nos tribunais nos últimos meses muitas dezenas de acções e tem mais de 240 milhões de facturas por cobrar, apenas uma pequena parte dos 2.359 milhões da dívida do SNS a fornecedores.
O Dr. Costa colocou-nos no topo da Óropa…
… no que diz respeito à carga fiscal.
mais liberdade |
O Dr. Medina está a sentir-se inchado, mas seria mais adequado sentir-se inflacionado
A imprensa amiga faz títulos a celebrar o Dr. Medina que «chega ao final do terceiro trimestre com excedente de 2,8%», como se o coitado fosse culpado do excedente que na verdade se deve por inteiro ao aumento da receita fiscal, designadamente do IVA, em consequência da inflação.
A montanha pariu um rato («para cumprir Abril»)
Depois de meses de efabulações fiscais, finalmente foi aprovada um imposto extraordinário sobre os lucros das empresas energéticas e de distribuição alimentar (sim, leu bem, distribuição alimentar). Segundo o SE dos Assuntos Fiscais a coisa vai render entre 50 e 100 milhões de euros e será para «cumprir Abril». Comparemos com o último ano “normal” (2019) e esta extorsão suplementar representa um máximo pífio de 1,6% do IRC ou ainda mais pífio de 0,13% da receita fiscal.
(Continua)
Sem comentários:
Enviar um comentário