Boa Nova
O OE 2023 prevê a redução da dívida pública de 125,5% em 2021 para 110,8%, um rácio que o Avante da Sonae titula «um valor pré-troika», mas não explica que a quase totalidade da redução prevista resulta da inflação. Ao apresentar o cenário económico do OE 2023 o Dr. Costa acentuou que «o país vai continuar a crescer acima da média da UE». Tem sido assim a crescer acima da média que o Portugal dos Pequeninos desceu para o 21.º lugar no PIB per capita e entre os países mais pobres é o quarto que menos crescerá entre 2019 e 2027.
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O inferno está cheio de boas intenções
O governo que espera o aumento pelos “privados” dos salários em 20% em quatro anos é o mesmo governo que deixa os servidores do Estado sucial (“servidores” era o termo caído em desuso que o Estado Novo usava para designar os seus funcionários) perder até 9% dos seus salários reais em 2022 e 2023, sem se dar conta, ou, dando, em desespero de causa, que comprometerá assim os votos de uma parte importante da sua clientela eleitoral. Ao mesmo tempo que fazendo incidir as perdas mais elevadas nos funcionários mais qualificados (que nalguns casos, como os médicos, perdem quase 20%, em relação a 2010), compromete as intenções sempre declaradas de atrair quadros qualificados para a função pública.
«Em defesa do SNS, sempre», desta vez para animais. Louvado seja o Senhor que nos deu um governo assim
A Provedora do Animal veio confirmar que o SNS para animais ainda não avança este ano e anunciou «vamos tratar os animais em estruturas sem custos para o Estado» (é o equivalente às SCUT das autoestradas do Eng. Guterres), propõe o «cheque-veterinário» (é o equivalente ao cheque-educação para os estudantes pobres, que não existe) e «clínicas sobre rodas» (o equivalente à soma do INEM com as urgências dos hospitais que não funcionam).
Já é o mafarrico e já se sente o cheiro das brasas
Se o BCE aumentar no próximo ano a taxa directora para entre 3% e 4,5%., como se prevê, o custo da dívida pública e as mensalidades de amortizações das hipotecas para compra de habitação vão agravar-se irremediavelmente. Pelo quinto mês consecutivo pioraram os termos de troca no comércio internacional para a economia portuguesa.
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