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12/03/2022

Em todos os regimes a verdade é a primeira vítima da guerra. Nas autocracias a verdade também sofre durante a pandemia

«A verdade é a primeira baixa na guerra» disse pela primeira vez alguém que poderia ter sido desde Ésquilo até ao Senador americano Hiram Warren Johnson, passando pelo general Sun Tzu e vários outros. Inclino-me para que tenha sido Sun Tzu o primeiro a formular algo que pela sua profissão deveria saber por experiência.

Sendo certo que na guerra todos mentem, uns são mais mentirosos do que outros ou, dito de outra maneira, uns mentem por necessidade, outros por hábito, como é o caso dos tiranos entre os quais me permito destacar o Czar Vlad, que mente na guerra e no resto, por exemplo nas estatísticas da Covid-19. 

Pelo menos é a conclusão a que chegou Dmitry Kobak no estudo estatístico (Underdispersion in the reported Covid-19 case and death numbers may suggest data manipulations) em que usou propriedades da distribuição de Poisson para analisar os números de casos e de mortes publicados concluindo que 21 dos países apresentavam uma dispersão anormalmente baixa indiciando manipulação de dados.

Fonte

Com base nesse estudo, a Economist preparou o diagrama acima que permite comparar a distribuição temporal das mortes nos EUA, que mostram uma fortíssima variação, com a Rússia e um terceiro país (escolhi a Turquia do Pasha Recep), onde a mortalidade por Covid varia num intervalo muito mais reduzido. Citando a Economist, «os números russos oferecem um exemplo de "limpeza" anormal. Em agosto de 2021, as contagens diárias de mortes não foram inferiores a 746 e não superiores a 799. Os números invariáveis ​​da Rússia continuaram na primeira semana de setembro, variando de 792 a 799. Um cálculo aproximado mostra que uma semana com variação tão baixa ocorreria por acaso uma vez a cada 2.747 anos.» Algo semelhante se pode dizer dos dados turcos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ainda tenho esperança que metam na cadeia estes aldrabões que andaram por aí a atribuir ao Covid as mortes "com Covid", para encher os bolsos das farmacêuticas. Em particular esse tenente-coronel que organizou a inoculação da toxina experimental na população, indiferente aos danos da coisa.
Rebentaram com a economia do país e trataram as pessoas como gado.
Milhões de consultas atrasadas, cirurgias não realizadas, mortes por falta de assistência e centros de saúde vazios, que a imprensa reportava como cheios de covideiros.
Muita desta gente devia estar atrás das grades.

Anónimo disse...

Teremos que acreditar nas escalas usadas pela The Economist? Sobretudo nos dados que servem de fundo gráfico.
Abraço