«Há um outro aspecto que contribuí decisivamente para este radicalismo: a tentativa de uma revolução social promovida por miúdos mimados pela abundância com uma ambição desmedida de impor novos valores e de mudar a sociedade cortando com o passado.
Ao contrário do habitual, este não é uma revolução organizada, nem passa pelas armas ou por assassinatos. Já não é a violência das FP25 nem os atentados sangrentos que ocorriam em toda a Europa. Os adeptos das revoluções sangrentas nos países desenvolvidos parecem ter percebido que não era esse o caminho para impor as suas ideias. Basta pensar que as FP-25 se integraram num partido com representação parlamentar, o Bloco de Esquerda.
As armas agora são a subversão dos costumes e o ataque a valores morais e a hábitos culturais. São o desvirtuamento da herança portuguesa e o revisionismo da história por uma “polícia” da linguagem. Mas esta tentativa de revolução continua a ter os mesmos objectivos: a luta sem tréguas contra a democracia liberal e a liberdade económica.
Esta revolução social é um perigo porque visa eliminar a economia descentralizada de mercado e colocar o Estado a controlar a sociedade, manipulando-o para enfraquecer a democracia liberal e instalar uma sociedade socialista. Os livros que a defendem não deixam dúvidas sobre as ambições de poder e sobre a intolerância, a imposição de comportamentos e as tendências totalitárias da abordagem neomarxista a que recorre.»
Os miúdos mimados pela abundância, Ricardo Pinheiro Alves no Jornal Eco
1 comentário:
Grande contributo para este tipo de revulucionários deu o costa com as reversões.
O revertido agora com o revertido há cinco anos abriu a porta aos novos SUV,s
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