Jornal de Negócios |
A "notícia" acima tenta induzir nos leitores distraídos e mal informados que Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças do governo de Passos Coelho, é responsável pelos 1,5 mil milhões. É uma espécie de reedição de uma outra de há quatro anos com o título que, escrevi então, é um excelente exemplo de como o jornalismo de causas manipula a opinião pública: «Maria Luís derrotada. Portugal condenado a pagar 1,8 mil milhões ao Santander».
O que tem Maria Luís a ver com o assunto? Citando João Vieira Pereira via (Im)pertinências de há quase sete anos:
«As empresas públicas reclassificadas (aquelas que passaram a ter de consolidar as suas contas com o Estado como a RTP ou o Metro de Lisboa) fizeram 88 operações com swaps que acabaram por ser reestruturadas pelo menos 128 vezes. Estes contratos tiveram o seu expoente máximo durante o governo de José Sócrates e eram feitos para cobrir o risco das taxas de juros. Como recebiam milhões no início do contrato ajudavam as contas das empresas públicas no ano em que eram feitos. O crime (receber logo e pagar depois) foi perpetuado na altura, não agora.»
O que tem afinal Maria Luís a ver com os swaps? Renegociou uns e contestou outros, tentando mitigar a factura deixada pelo governo socialista resultante de operações de fixação das taxas de juro que se revelaram inúteis porque os juros desceram em vez de aumentarem. O título concordante com os factos seria: «Portugal condenado a pagar 1,8 mil milhões ao Santander pelos swaps negociados pelo governo de José Sócrates».
«As empresas públicas reclassificadas (aquelas que passaram a ter de consolidar as suas contas com o Estado como a RTP ou o Metro de Lisboa) fizeram 88 operações com swaps que acabaram por ser reestruturadas pelo menos 128 vezes. Estes contratos tiveram o seu expoente máximo durante o governo de José Sócrates e eram feitos para cobrir o risco das taxas de juros. Como recebiam milhões no início do contrato ajudavam as contas das empresas públicas no ano em que eram feitos. O crime (receber logo e pagar depois) foi perpetuado na altura, não agora.»
O que tem afinal Maria Luís a ver com os swaps? Renegociou uns e contestou outros, tentando mitigar a factura deixada pelo governo socialista resultante de operações de fixação das taxas de juro que se revelaram inúteis porque os juros desceram em vez de aumentarem. O título concordante com os factos seria: «Portugal condenado a pagar 1,8 mil milhões ao Santander pelos swaps negociados pelo governo de José Sócrates».
Quem queira aprofundar o assunto pode ler uma quinzena de posts sob a etiqueta swap.
É mais um exemplo de como no modelo negócio do PS e em particular do Dr. Costa há dois componentes essenciais: uma freguesia eleitoral composta essencialmente pelos dependentes do Estado (o Partido do Estado de que falava Medina Carreira) e uma imprensa servil e incompetente.
1 comentário:
Ilustrar esta notícia com uma foto da Maria Luís Albuquerque é de uma vergonha despudorada! O jornalismo a transformar-se literalmente num esgoto a céu aberto!
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