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15/12/2020

Senado americano - a bolsa ou o partido

Estão prestes a ser conhecidos os resultados das eleições de Novembro para o Senado americano nos dois Estados ainda em disputa (situação actual: 48 democratas contra 50 republicanos). No novo Senado parece ser mais provável que o partido Republicano fique em maioria. Que diferença isso pode fazer em relação aos "pobres" e aos "ricos".

Num estudo (The Party or the Purse? Unequal Representation in the US Senate) realizado o ano passado, Jeffrey Lax e Justin Phillips, da Universidade de Columbia e Adam Zelizer, da Universidade de Chicago concluíram que em cada Estado os "ricos" (definidos como os eleitores do quintil de rendimento mais alto) comparativamente com os "pobres" (definidos como os eleitores do quintil de rendimento mais baixo) têm muito menos influência no Senado do que se supunha.

O estudo foi baseado nos dados de 49 votações do Senado em questões económicas, sociais e de política externa entre 2001 e 2015 e em dados de inquéritos nacionais Gallup e Pew. As conclusões foram sintetizadas graficamente pela Economist no diagrama seguinte.

Economist

Os "ricos" conseguiram o que queriam dos seus senadores 60% das vezes contra 55% dos "pobres". Quando esses dois grupos tinham interesses opostos, os "ricos" conseguiram as suas pretensões 63% das vezes, e a mesma percentagem quando em confronto com a "classe média", isto é os 60% de eleitores entre os 20% de "ricos" e os 20% de "pobres".

Contudo, as diferenças são mais significativas entre os partidos. Quando os interesses dos dois grupos de eleitores se opõem numa determinada votação, os senadores democratas votam em 35% das vezes do lado dos "ricos" e os senadores republicanos fazem-no 86% das vezes.

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