Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

23/06/2019

Vivemos num estado policial? (18) - Sim, vivemos, mas os nossos polícias são um exemplo de empreendedorismo

Outros casos de polícia.

Duas ou três coisas que sabemos sobre as polícias:

Portugal «tem 432 polícias por 100 mil habitantes, um valor que torna a polícia portuguesa 36% mais bem equipada do que as polícias na média dos países europeus» (jornal Eco citando um relatório da OCDE), número que incluiu os GNR que são polícias com outro nome e são contados como tais nas estatísticas da OCDE.

Existem 17 (dezassete) sindicatos de polícias, tendo o 16.º 451 associados e 459 dirigentes e delegados e o 17.º sindicato 27 polícias todos dirigentes sindicais. Também já conhecíamos o quid da pletora de sindicatos: o «trabalho sindical» dos dirigentes dá quatro folgas por mês e o dos delegados sindicais 12 horas.

Apesar desta pletora policial, o país vive com um crónica falta de polícias, o que não admira porque se descontarmos os que estão de folga, de baixa ou em «trabalho sindical» restam muito poucos e desses só alguns estão aptos ao policiamento na rua.

Já sabíamos tudo isso, mas faltava saber que mais de 250 polícias, incluindo oficiais, se dedicaram à venda dos seus passes gratuitos dos transportes públicos, mostrando uma surpreendente veia empresarial e um gosto pela iniciativa privada.

Sem comentários: