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28/10/2018

A ideologia do género é a continuação de um projecto totalitário por outros meios

Continuação deste post por outros meios.

Faz algum tempo soube-se que na escola Francisco Torrinha no Porto foi realizado um inquérito a alunos do 5.º ano perguntando-lhes se namoravam ou já tinham namorado e se sentiam atraídos por homens, mulheres ou ambos - estamos a falar de crianças com 9-10 anos de idade. Como é costume nestas coisas, não se chegou nem chegará a apurar responsabilidades já que o lóbi do politicamente correcto é quase tão influente como o lóbi socialista.

Dir-se-á, é um caso isolado. Talvez, mas todas as tentativas de perversão da moral convencional pelo politicamente correcto (ou marxismo cultural) começaram por ser casos isolados.

Leia-se o que se passa na Escócia, segundo Madeleine Kearns descreveu na Spectator. Kearns, até recentemente também professora, foi submetida a uma espécie de lavagem ao cérebro pelo "campaign group" LGBT Youth Scotland, que no ano passado recebeu mais de 1 milhão libras de subsídios. Durante a lavagem foram dadas aos professores instruções para dizerem na sala de aula às crianças do ensino básico que se podem considerar menino, menina ou nenhum dos dois.

O "formador", segundo as palavras de Kearns, «insistiu na importância de deixar as crianças decidirem a sua própria identidade. Como antes em tantas modas escolares progressistas, as crianças são os especialistas e os professores estão lá para encorajar e facilitar. Fomos aconselhados a decorar as nossas salas de aula com imagens positivas de pessoas trans e a falar sobre celebridades trans, especialmente aquelas com muitos seguidores nas redes sociais. Isso faria com que as crianças não-conformes de género se sentissem mais incluídas. Se elas se sentirem excluídas, correm o risco de se matar.» O mesmo se passa em Inglaterra, escreve.

Kearns termina: «Os professores estão a ser solicitados a colocar a ideologia antes dos factos e a excluir os pais de decisões sérias sobre o bem-estar social de seus próprios filhos. Muitas vezes os pais não são autorizados a participar da discussão. As crianças são solicitadas a tomar decisões importantes sobre seu género, o que é uma noção demasiado adulta para muitos entenderem. O que está claro é que a questão da disforia de género em crianças é de uma tremenda complexidade, tanto médica quanto moral. Sugerir o contrário - para crianças ou professores - é um erro perigoso

Porquê esta obsessão com a ideologia do género? O marxismo clássico falhou a sua revolução pelos meios convencionais. A instauração da ditadura do proletariado, que se esperava conduziria à abundância e ao paraíso na terra, conduziu à ditadura dos apparatchiks comunistas, à miséria e ao inferno na terra. Trata-se agora da variante do marxismo cultural que visa subverter as democracias liberais capitalistas minando-lhe as instituições, incluindo a família, como neste caso. O proletariado foi substituído pelas minorias, como os gays e as outras variedades de sexo alternativo, ou outras inventadas segundo as conveniência do momento; a burguesia exploradora foi substituída pelo homem branco heterossexual; os partidos comunistas foram substituído por ONG. A estratégia permanece obscura e as tácticas profundamente mutáveis - veja-se a instituição casamento a ser denegrida quando se trata do casamento convencional heterossexual e glorificada quando se trata do casamento gay.

1 comentário:

Anónimo disse...

Excelente postal!
Não esquecer o braço armado mais recente na luta marxista: a importação massiva de muçulmanos, votadores fiéis na esquerda dos subsídios e participantes nas actividades subversivas contra o Ocidente. Julgam os esquerdalhos / sorosianos que quando chegar a hora os conseguirão subjugar - grande erro: serão os primeiros a voar do topo dos arranha-céus.