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01/12/2017

Mitos (268) - Diferenças salariais entre homens e mulheres (6)

Outros mitos: (1), (2), (3), (4) e (5)

A última indignação a pretexto do gender pay gap na Easyjet é igual às anteriores e fundamenta-se - se é que as indignações politicamente correctas precisam de fundamento - na mesma confusão metodológica.

Segundo os dados publicados pela própria Easyjet (ver por exemplo no Independent), no pessoal residente no Reino Unido a média de salários das mulheres é 50% mais baixa do que a dos homens o que motivou logo adjectivos - o politicamente correcto não gosta de substantivos, porque os factos interessam-lhe pouco.

Porquê essa diferença entre salários médios de homens e mulheres no caso da Easyjet? Porque o salário médio dos pilotos é £94.200 e para os 1.407 pilotos homens há apenas 86 mulheres. O salário médio do pessoal de cabina é de £24.800 e para as 2.002 mulheres há apenas 898 homens.

Repare-se não se mediram as eventuais diferenças salariais para as mesmas funções e níveis, por exemplo entre homens pilotos e mulheres pilotos ou, mais rigorosamente, entre pilotos com o mesmo nível, ou entre homens e mulheres do pessoal de cabina ou, melhor ainda, entre assistentes de bordo homens e mulheres e entre chefes de cabine homens e mulheres.

Em conclusão, uma vez mais, nenhum destes estudos permite concluir que existam grandes diferenças salariais por sexo para a mesma função e nível. Pelo contrário, sugerem que essas diferenças sejam pouco significativas como em outros países europeus nos estudos que referi aqui citados. Ou, dito de outro modo, não há suporte estatístico para pôr em causa a adopção nas economias modernas do princípio para trabalho igual, salário igual.

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