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14/12/2017

CASE STUDY: Câmara de Lisboa, uma aplicação prática da lei de Parkinson (5) - O multiplicador de ASPON

Parkinson na câmara de Lisboa.

As últimas notícias sobre a contratação de assessores e secretárias pela câmara de Lisboa só surpreendem quem anda distraído ou quem não tenha lido os posts anteriores desta série - ora clique lá no link aqui por cima.

Lamentavelmente a maioria dos alfacinhas e dos portugueses em geral andam distraídos. São as performances do presidente dos Afectos, as trapalhadas do primeiro-ministro Costa e das famílias que constituem o governo, os números dos palhaços de serviço à geringonça (um aplauso especial para o palhaço Galamba que veio do circo Sócrates) e empenhados nas compras de Natal e aos bancos.

Fonte
«Os valores variam mas os contratos mais elevados para assessoria prevêem o pagamento de 3.700 euros mensais, mais IVA. Tal como acontece com a Assembleia Municipal, também no Executivo camarário Lisboa adotou há vários anos um regime que lhe permite contratar mais assessores do que o apoio técnico atualmente previsto no Regime Jurídico das Autarquias Locais. De acordo com a Lei 75/2013, que definiu o número de funcionários para apoio dos membros das câmaras, o presidente e os vereadores de Lisboa têm direito a um total de dez adjuntos e nove secretários. E Fernando Medina tem direito a um chefe de gabinete.»

Lembram-se do multiplicador keynesiano que foi aplicado aos autoestradas que permitiria transformar cada euro de alcatrão em 18 euros de PIB? A coisa aí não funcionou (ou melhor funcionou na multiplicação da dívida) mas aqui está a funcionar na multiplicação dos ASPON (ASsessores de POrra Nenhuma). É isto a descentralização socialista.

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