Há quase quatro anos apelidei aqui o actual presidente da República de «picareta falante», o mesmo apodativo que Vasco Pulido Valente usou para designar António Guterres - outra criatura verborrágica, não por acaso, muito chegado em tempos a Marcelo Rebelo de Sousa. Anunciei então, com quatro anos de antecedência, que não votaria em MRS para evitar transformar Belém num centro de intriga permanente – não votei, mas já confessei que engoliria o sapo se a alternativa na segunda volta tivesse sido a vacuidade gongórica do professor Nóvoa.
MRS tem confirmado os meus piores receios. Ontem mesmo, julgando-se ainda no púlpito das televisões, em bicos de pés, a querer demonstrar os seus dotes de inside trader, MRS «revelou (através da TVI, o seu último púlpito) que um dos eurodeputados poderá deixar, em breve, o parlamento europeu para ocupar um cargo no sector financeiro em Portugal. Sem relevar nomes, há uma hipótese em cima da mesa: a eurodeputada do PS, Elisa Ferreira». Que confiança se pode ter numa presidência da república ocupada por uma criatura assim?
Dizem-me que ele pode corrigir-se. Como se alguém a caminhar para os setenta se pudesse corrigir. Há muito que lhe é aplicável a conhecida fábula de Esopo: era uma vez uma rã e um escorpião...
Senhor, sei que pecámos, endividámo-nos, fizemos asneiras (até elegemos para presidente esta criatura) e talvez não tenhamos emenda, mas Senhor, livrai-nos destes «afectos» e concedei-nos a graça de não termos mais outros cinco anos de TV Marcelo.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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13/04/2016
DIÁRIO DE BORDO: Senhor, concedei-nos a graça de não termos outros cinco anos de TV Marcelo
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2 comentários:
Será que esta lisa disse que o dinheiro aplicado em qualquer coisa no Porto era do governo, era do PS?
Talvez seja só :) uma jogada para que a nomeação não se venha a verificar.
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