Começo por citar o ministro das Finanças Mário Centeno a dizer no parlamento durante o debate do programa: «no que depender deste governo», o défice ficará abaixo dos 3%. No que depender deste governo? Terá a criatura perdido os últimos resquícios de lucidez? Então se parece pensar que há factores críticos que o governo não controla num orçamento por si apresentado, contendo as despesas por si orçamentadas por exigência da geringonça e as receitas resultantes de impostos aprovados pela geringonça, como é que tem a lata de tentar convencer a populaça que a economia - movida pelas empresas e pelas famílias - depende imenso do que a geringonça fizer?
Continuando, como pode Centeno ter tido a lata de dizer que não deve ser o governo mas sim o BdeP e o Fundo de Resolução a resolverem os problemas do Banif, usando os argumentos do governo anterior para o Novo Banco que o PS atacou desde o princípio?
Uma vez mais, o Berloque de Esquerda insistiu na necessidade de reestruturar a dívida pública. Como é isto compatível com as garantias que o PS deu a Bruxelas?
Registe-se no campo das anedotas, o riso até às lágrimas de Passos Coelho com os argumentos de Centeno e sobretudo a magnífica piada de António Costa. Não, «magnífica piada» não é uma piada minha. Para memória futura, aqui fica a piada de Costa dirigindo-se à direita:
«É verdade que fui eu que negociei com o PCP, mas pelos vistos foram os senhores que ficaram com a cassete».
Remoendo a cassete |
1 comentário:
Já temos dois palhaços de alto gabarito (1o e 4o lugares). Esperemos a apresentação de mais.
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