Segundo o Barómetro da Católica, as intenções de voto da coligação subiram para 41% e as do PS para 34%, as do BE aumentam para 11% e as do PCP descem para 7%, mostrando-se um quarto dos eleitores do PCP insatisfeitos com o seu voto. Quanto às avaliações dos chefes, o da geringonça baixou de 52% para 47% as avaliações positivas, abaixo de Passos Coelho com 56%; Catarina Martins é a chefe mais apreciada com 58% - o que é pouco ou muito conforme se tome ou não em consideração que faz o papel do Pai Natal, respectivamente. Interessante é também saber que a maioria dos inquiridos (52%) entende que Passos Coelho deveria ser o primeiro-ministro contra apenas 37% que pensam que deveria ser António Costa.
São resultados muito interessantes e mostram, a meu ver, várias coisas:
- Se os eleitores votassem hoje, os votos dos partidos não seriam muito diferentes, com excepção do PCP;
- O PCP corre o risco de ver a erodida a sua base eleitoral de dinossauros, risco cuja percepção juntamente com o aumento da popularidade dos berloquistas augura menos jogo de cintura dos comunistas e maior confusão no galinheiro;
- A imagem de Costa está a começar a degradar-se, sendo surpreendente a avaliação positiva de Passos Coelho que ainda recentemente, enquanto primeiro-ministro, andava pelas ruas da amargura.
Como não são boas notícias as «negociações» sobre o aumento do salário mínimo onde o PS está a ser confrontado pela crescente rigidez do PCP que insiste no aumento do salário mínimo para 600 € e diz que não recua «como o Bloco de Esquerda», a confirmar o que acima referi.
No meio de toda esta azáfama não deixa de ser curioso o anúncio de Mário Centeno de que não vai deixar derrapar o défice de 2015, agora que faltam 3 semanas para o fim do ano. O Expresso expressa, sem aparentemente querer ironizar, uma ideia divertida num título: «Centeno anuncia três semanas de austeridade no Estado para cumprir défice».
Esperemos que o zelo que Centeno parece demonstrar no défice de 2015 - essencialmente da responsabilidade do governo anterior – se mantenha nos défices futuros quebrando a tradição do PS.
1 comentário:
A não esquecer: Os chefes no PCP envelhecem tal como nós. O comunismo falhou, sem apelo nem agravo, por não encontrar um tratamento contra a velhice, a demência, a morte.
A base popular comuna vai pelo mesmo caminho, porque o servo não é maior que o senhor. Os dinossauros vermelhos que aturamos estão em vias de extinção, mais traque, menos traque (metano, co2, vacas, vacos, lambisgóias, etc.).
Lindo é, no Espesso: «Centeno anuncia três semanas de austeridade no Estado para cumprir défice».
Sempre foi um tópico que suscitou o meu enlêvo: o conto do vigário.
Abraço
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