Varrendo o défice tarifário para debaixo do tapete |
Na 4.ª Feira passada o governo, a exemplo dos anteriores desde Barroso, anunciou mais um chuto de 141 milhões de euros para a frente dado no défice tarifário, a adicionar aos vários milhares de milhões que ninguém parece saber exactamente quantos são (recorde-se aqui do que se trata quando se fala de défice tarifário).
Citando-me: em Março eu pensava que era de 2,7 mil milhões, o ionline dizia que era de 3,2, o mês passado o Sol falava em 2, ontem (11-05-2012) o Negócios escreveu 1,5. Em Outubro o governo dizia no parlamento pela boca do Álvaro que se nada fosse feito seria de 8 em 2020 e em Abril segundo o Pedro seria superior a 5 mil milhões.
Fica-se agora a saber que, segundo a ERSE, em Dezembro de 2011 o célebre défice tarifário nos iria custar «802 milhões de euros em 2013, cerca de 500 milhões anualmente de 2014 a 2016, 395 milhões de euros em 2017, 223 milhões por ano de 2018 a 2024 e 81 milhões anuais até 2027», ou seja 4,3 mil milhões. No vosso lugar, preparar-me-ia para a coisa ficar mais para o lado dos 8 mil milhões do Álvaro.
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