Já muitas vezes se escreveu no (Im)pertinências que os portugueses deveriam prestar mais atenção ao que os estrangeiros pensam de nós, particularmente os estrangeiros que se sentem dispensados de nos engraxar o ego porque não nos julgam uns patetas incapazes de enfrentar a realidade, como outros julgam (se calhar com razão).
Fiquemos a saber o que Ove Thorsheim, o embaixador norueguês, tem para nos dizer:
«É muito importante para nós que a economia portuguesa se desenvolva. Acreditamos que o governo está a fazer boas opções e a conseguir pôr a economia no caminho certo. Não é fácil dar a volta a uma economia num período tão curto e os desafios são muitos. Algumas das medidas adoptadas já começam a ter efeitos, mas esperar que tudo se resolva num ano ou dois é pedir demasiado.
…
Portugal desenvolveu para o mar uma estratégia que tenta abarcar tudo, enquanto nós não. A Noruega tem muitos recursos, mas foram as populações que, localmente, foram desenvolvendo as possibilidades que esses recursos representam. Por exemplo, temos uma indústria naval que se foi desenvolvendo à volta do petróleo. Mas isso não foi uma decisão governamental, foi um grupo de pessoas na costa do Noroeste da Noruega que decidiu avançar por aí: temos experiência no negócio dos navios de pesca, vamos agora tentar fazer navios especiais para a indústria petrolífera. E fizeram e são excelentes nisso, dominam o mercado, com mais de metade da quota mundial, estão a servir offshores no Brasil – onde os nossos investimentos são agora dez vezes superiores aos investimentos na China.
Na Noruega vamos ter com o governo para questões de saúde e educação. A minha primeira impressão é que, algumas vezes, em Portugal pede-se muito ao governo.»
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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