Uma sociedade dividida por polarizações políticas configura um específico campo de possibilidades, que fica mais orientado para o distributivismo interno (para reduzir a conflitualidade) do que para a comparação competitiva com as outras sociedades e, menos ainda, para a preparação da defesa contra possíveis intenções externas de dominação. Uma sociedade dividida é uma sociedade virada para dentro de si própria. E a sua preferência pelo distributivismo implica que tenha uma grande tolerância ao endividamento, que pode mesmo evoluir para uma propensão natural, e à estagnação do seu crescimento económico, que aparece como o efeito natural dessa divisão polarizada da sociedade.
O campo de possibilidades de uma sociedade dividida, que é também um sistema político de poder débil, encontra o seu obstáculo intransponível quando chega ao fim a possibilidade de recurso ao endividamento de que depende para sustentar o distributivismo que usa para reduzir a conflitualidade - mas que não serve de nada se não conseguir escapar à estagnação do seu crescimento económico e dos seus indicadores de competitividade.»
Sociedade dividida e democracia, Joaquim Aguiar no Negócios
O Partido Socialista, com as suas lideranças oportunistas e sem princípios, com a cumplicidade do PSD como parceiro menor, já era, o grande responsável pelo distributivismo, estagnação e endividamento, ao recorrer à geringonça, depois de perder as eleições de 2015, trouxe para o centro do poder político a agenda radical do berloquismo e tornou-se o responsável pela crescente polarização social.
1 comentário:
Sim,e quando alguém tenta colocar a cabeça de fora desse pântano logo é classificado como Fassista etc etc(isto sem ignorar os que o são realmente,começando pelos social-fascistas dentro do sistema e à volta dele)
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