Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

11/11/2019

DIÁRIO DE BORDO: Senhor, concedei-nos a graça de não termos outros cinco anos de TV Marcelo (93) - Populismo manipulador dos afectos

Outras preces

«Marcelo Rebelo de Sousa apoia a defesa da mãe sem-abrigo que abandonou recém-nascido A embaixada de Cabo Verde em Portugal vai recolher mais informações sobre a cidadã que abandonou recém-nascido. Marcelo entende que a ação da mãe foi motivada pelo “desespero total”.»

Populismo é o PR interferir nos outros poderes e condicioná-los a partir de umas declarações aparentemente bondosas. Muitas, provavelmente a maioria das pessoas que são julgadas e condenadas praticam crimes em “desespero total” e não é por isso que deixam de ser julgadas. Qualquer um de nós sobretudo se for mulher e tiver tido um filho consegue perceber o dramatismo inerente à situação vivida por aquela mulher e espera-se que isso seja ponderado na decisão das autoridades. Mas ver o PR a tratar o assunto como se ainda estivesse sentado nos estúdios de televisão não dá sossego a ninguém. Se isto não é populismo digam-me o que é populismo?»

«Vamos mesmo falar de populismo», post de Helena Matos no Blasfémias

1 comentário:

Anónimo disse...

Caríssimo,
muito me honra com a sua menção:
https://impertinencias.blogspot.com/2019/11/encalhado-numa-ruga-do-continuo-espaco.html

Mas sim, infelizmente continua com os seus ultrapassadíssimos preconceitos do tempo da guerra fria. Isto é absolutamente inegável.

Por preconceito refiro-me à irracional desconfiança de tudo o que seja escríto em Cirílico ou que soe a eslavo, apesar de todas as evidências claríssimas quanto a água relativamente a quem faz o quê e a quem comanda afinal isto.

Por ultrapassadíssimos refiro-me ao facilmente comprovável facto, para quem tem dois dedos de testa, que a subversão já não vem de Moscovo, mas de Bruxelas e Washington.
Pode até dizer que esta subversão que assistimos é fruto da subversão de Moscovo, mas meu caro, lá está, não importa pois isso está... "ultrapassadíssimo".

Essa sua menção ao século XVIII e à democracia liberal é de extremo mau gosto pois tenho lido o seu blog já há uns anos - embora só de vez em quanto, admito - e nunca o li criticar a "democracia", muito menos a "democracia liberal".
Não faça estas figuras, caríssimo, por favor, pois eu muito respeito tenho por si, mesmo que não acredite.

Cuidado com a sua rejeição quanto ás distopias. É que elas quando rejeitadas tendem a espetar-nos uma bem forte na cara.
Basta olhar para sua vida, para a sua conta bancária, para "a cara da mudança" nas suas ruas, para a mediocridade dos seus académicos e para os resultados eleitorais no seu país.

Rejeite à sua própria conta.

Cumprimentos,
IRF