Desta vez não é um português de carne e osso. É um português feito de chips, cabos, e o resto da parafernália de um computador. Ou mais rigorosamente de um supercomputador.
«Chama-se Deucalion, é português e consegue fazer 10 mil biliões de operações por segundo» titula reverentemente o semanário de reverência, explicando que «é o segundo supercomputador português, cujo financiamento a União Europeia acaba de aprovar. Custará 25 milhões de euros e vai multiplicar por 10 a capacidade nacional de computação».
Pois é, os 10 mil biliões de operações por segundo são, para usar a jargão do meio, 10 teraflops, o que poderá ser muito para o Portugal dos Pequeninos (e se arrisca a ser glorificado pela ignorância de S. Ex.ª em Belém), mas não chegaria para qualificar o nosso Deucalion nos campeonatos destas coisas.
Na verdade, o supercomputador mais fracote do TOP500 tem uma potência de 1,14 petaflops ou o equivalente a 1.140 teraflops, ou seja a mais de 100 vezes a potência do nossa Deucalion. Sem falar do Summit do Oak Ridge National Laboratory que com os seus 148,6 petaflops tem quase 15 mil vezes a potência do nosso supercomputadorzito, o que faz do Deucalion um flop.
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