«Esse senhor Dijsselbloem foi o célebre socialista que veio dizer que aqui as pessoas do Sul e em particular os portugueses gastavam o dinheiro todo em copos e mulheres. E é por isso que eles nos cortam nos fundos», disse Paulo Rangel, o cabeça de lista do PSD às eleições europeias, acrescentando «esses amigos socialistas de Pedro Marques» é que são os «grandes amigos de Portugal».
Ele poderia ter dito que o senhor Dijsselbloem estava equivocado porque, infelizmente, os portugueses não gastaram o dinheiro em copos e mulheres. Se tivesse sido estariam desculpados por nós aqui no (Im)pertinências. Os portugueses, ou melhor os paxás que nos têm governado, têm gasto o dinheiro em rotundas inúteis, auto-estradas supérfluas, em sinecuras para os aparatchiks e bonzos, em vantagens escandalosas para os salgados e os berardos do regime e na freguesia eleitoral dos paxás que habita a vaca marsupial pública.
Compreendendo que, se dissesse tais verdades, o candidato não voltaria a Bruxelas nem a Estrasburgo, pergunto-me se, ao menos, não poderia ter ficado calado?
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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1 comentário:
"Em Assalto ao Poder, quarto capítulo de A Nova Ordem Estupidológica, o escritor traça perfil que faz pensar no que se propaga da política nos últimos tempos. Trata-se de radiografia au point. No segmento Pressupostos de base da Ciência Política Estupidológica, o autor menciona sete, entre os quais aquele em que se mede a capacidade do político obter votos, “… maquilhados e, numa boa parte dos casos, transaccionáveis”. No número três, Os estúpidos são donos da Verdade e proprietários da Realidade, comenta “Esta é, sem dúvida, uma das razões pelas quais eles preferem largamente vencer um debate a conquistar uma vitória para a Verdade (seria ridículo curvarem-se dessa maneira perante uma subalterna sua)”. O item A gestão do poder é um jogo: o jogo do poder tem a seguir Quando não podemos vencê-los, é preferível juntarmo-nos a eles, em que o psicólogo clínico traduz essa tendência de se encontrar “… da parte de muitos políticos estúpidos, uma habilidade excepcional para, antes de serem derrotados, se aliarem ao partido, movimento, ideia ou pessoa que iria derrotá-los. Convenhamos que isto é mais saudável do que a opção dos inteligentes que nunca se rendem perante a estupidez das ideias e procedimentos mesmo quando elas têm por si a força dos tempos e das ações eleitorais”. Verifica-se que o professor joga por vezes com a ironia, a justificar essa “era da estupidez”.
No subcapítulo Perfil do Político Estúpido Elegível, considera o autor seis itens aos quais se adequa: flexível; magnético, carismático: “… não esqueçamos: o carisma de um estúpido depende da sua aptidão para mobilizar, galvanizar e encaminhar populações com as armas da estupidez”; esgrimista verbal: “… a relação com a Verdade ou a Realidade não é importante devido aos direitos políticos sobre elas”; bom vendedor; bom líder."----------------- há mais aqui https://novomundo111.blogspot.com/2019/05/a-nova-ordem.html
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