«Houve, proporcionalmente, mais portugueses a resistir aos nazis em França do que franceses» revela-nos o Público, citando uma investigação de José Manuel Barata-Feyo.
Esta celebração tão peculiar dos portugueses no topo do mundo é talvez a mais surpreendente até agora. Não questiono le fait même, mas devemos colocá-lo no contexto histórico da II Guerra Mundial e, sobretudo, na imensa legião de franceses que viraram a casaca e se tornaram collaborateurs du régime nazi.
Foram tantos (e entre eles alguns famosos, como mon ami Miterrand, sobre o qual recaíram fortes suspeitas de colaboracionismo) que ainda hoje alguns deles sobrevivem e recebem pensões da segurança social alemã.
O balanço entre collaborateurs e maquisards franceses pendia claramente para os primeiros e, por isso, não é assim tão impressionante ter havido, proporcionalmente, mais portugueses maquisards do que franceses. Impressionante seria, dada a multidão de collaborateurs franceses, ter havido, proporcionalmente, mais collaborateurs portugueses.
2 comentários:
É muito feio escrever bacoradas...
Por onde andará o sentido do ridículo?...
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