Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

11/12/2018

História da carochinha

A propósito da visita do Imperador Xi Jinping escreveu Paulo Portas (e com ele muitos outros por palavras parecidas) na sua nova encarnação como sinólogo: «Portugal tem, pela historia, uma ligação especial com a China, que nem todos os países têm — antes pelo contrário — e que gostariam de ter. Portugal foi dos países que levou o Ocidente para o Oriente e a transição de Macau — sobretudo em comparação com Hong Kong — é lembrada por Beijing como exemplar. Quem tem essas vantagens comparativas não as desperdiça.»

Imaginemos o que a respeito de ligações especiais com a China poderia escrever um britânico com a lábia de Paulo Portas. É com estes e outros argumentos patéticos parecidos que nos fazem engolir a pílula amarga de uma distopia estar a usar a nossa dependência para transformar Portugal num instrumento das suas ambições de potência mundial emergente a troco de um prato de lentilhas.

Sem comentários: